“O resultado me trouxe satisfação, pois, a partir de agora, há um indicador quantitativo para se chegar aos 100%”, disse Marcos Fontoura, analista de Transporte e trânsito da BHTrans, acrescentando que a nota de 62% significa dizer que este é o percentual de diretrizes em conformidade com a acessibilidade. A construção do indicador foi um trabalho árduo, que durou mais de oito meses.
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As notas poderiam ser melhores se não fosse o desleixo do poder público em conservar estruturas de acesso às estações, como calçadas que não pertencem a propriedades privadas.
DESTRUIÇÃO O vandalismo é outro problema. A própria sociedade destrói estruturas, como ocorreu na passarela de acesso a estação São Judas Tadeu, também na Cristiano Machado. Ao longo dela, ferros retorcidos podem machucar usuários. A passagem para pedestres teve parte da grade arrancada. “É um perigo, sobretudo, para crianças. Na hipótese de desatenção, uma delas pode cair, despencar na avenida e ser atropelada”, alertou o vendedor Luiz Afonso.
Muitas estações contam com bons e maus exemplos.
É o espaço, por exemplo, de segurança para que um cadeirante ou idoso possa parar na metade da travessia entre duas calçadas. Já o semáforo para pedestres na mesma estação não é suficiente para garantir a travessia segura daqueles que não têm visão. “O ideal é que todos os equipamentos tenham sinal sonoro para cegos”, explicou Fontoura.
Ele se mostrou animado com o estudo, que ditará onde é preciso melhorias. Uma deles, cita, é na diretriz que recebeu a maior nota, a catraca (95%).
A única nota 0 foi atribuída aos mapas fixados no interior das estações. Eles não são úteis a quem não enxerga. “Não têm som ou relevo para orientar os cegos. Portanto, puxei (a nota) para zero”, afirmou. Tanto a diretriz mapa quanto a catracas fazem parte do conjunto elementos das plataformas, o que teve a menor nota (44%) entre os quatro grandes grupos.
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