Servidores municipais anunciam paralisação por reajuste salarial

Greve está prevista para esta quarta-feira, quando haverá assembleia da categoria

Estado de Minas

Depois de a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informar, em reunião no último dia 7, que não pretende conceder reajustes salariais à categoria, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) fará, nesta quarta feira, uma assembleia geral, com paralisação dos serviços públicos da capital, para debater, entre os assuntos, uma possível greve em maio.

A reunião esta prevista para começar às 9h, na Praça da Estação.

O presidente da Sindibel, Israel Arimar, disse que nos últimos dois anos os salários dos servidores municipais foi recomposto em 5%, valor abaixo da inflação. "Esperávamos alguma recomposição, ainda que não integral, mas não imaginávamos zero. Caso a PBH não apresente uma recomposição, entraremos em greve no mês que vem", afirmou.

Em nota à imprensa, o Sindibel diz que novas negociações só serão realizadas após julho. Como a pauta da Guarda Municipal é diferente da dos demais servidores do município, eles tratarão seus assuntos, assim como uma possível greve, separadamente, contou Israel.

Em resposta, por nota, a Secretaria de Planejamento de Belo Horizonte disse que na reunião do dia 7 "foi apresentado um comparativo entre a receita corrente realizada do Tesouro nos meses de janeiro e fevereiro de 2017 com o mesmo período de 2016 e percebeu-se um crescimento de 4,18%. Se forem consideradas apenas as receitas elegíveis para pagamento de pessoal, esse crescimento foi um pouco maior, chegando a 5,62%".


O texto diz ainda que também "foi demonstrado que, com os direitos já concedidos e incluídos na folha de 2017, a despesa com pessoal crescerá 3,42%. Considerando todo o passivo relativo a pessoal, tais como progressões por escolaridade, férias-prêmio, substituição de contratos administrativos, dentre outros ainda não concedidos, a despesa com pessoal seria elevada em mais R$ 345 milhões. Isso geraria um crescimento da folha de 11,53%, percentual de crescimento incompatível com a evolução da receita".

 

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