A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava detalhes sobre o atropelamento que matou a diarista Valdelice de Assis Santiago, de 54 anos.
O caso ocorreu nas imediações do Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de BH, em maio de 2016.
A mulher morreu no local ao ser atingida por um Audi A1, que descia, em marcha à ré, a Avenida Agulhas Negras, que dá acesso à Praça do Papa.
À época do fato, o motorista, Allan Nogueira Gomes, de 37 anos, relatou aos policiais que havia passado a noite dentro do veículo na praça, devido a um problema mecânico. Allan admitiu ter ingerido, durante a noite, seis latões de cerveja.
Ao amanhecer e na tentativa de colocar o carro em funcionamento, o homem desceu a avenida em marcha a ré, quando a vítima foi atingida.
No exame do bafômetro feito no ato da ocorrência, foi constatado o índice de 0,36 miligramas de álcool por litro de sangue, o que configura, segundo a legislação brasileira, crime de trânsito.
No inquérito, o delegado Otávio Fagundes, da Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos, constatou que houve dolo eventual – quando a pessoa assume o risco do crime, mesmo se não houver intenção em praticá-lo. “ O investigado ao ingerir elevada quantidade de bebida alcoólica, seis latões de cerveja, segundo o próprio relato dele, e andar, por mais de 200 metros, de marcha à ré em via de grande circulação (de veículos e pedestres), assumiu claramente o risco dos resultados”, afirmou.
O inquérito final foi entregue á Justiça e a pena prevista para pessoas enquadradas neste crime é de seis a vinte anos de reclusão.