Dezenas de pessoas se reuniram na Praça Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efigênia, Centro-Sul de BH, e colocaram fogo no boneco que simbolizava o presidente, acompanhado de outros políticos, como o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
O boneco foi decorado com fotos do presidente acompanhado dos outros políticos e ficou exposto ao lado de um varal com camisetas com estampas “Fora Temer”. Enquanto aguardavam o destino do boneco, as pessoas, que usavam camisetas contra o atual presidente e também a favor da ex-presidente Dilma, soltavam bombinhas de festa junina.
Um dos organizadores do ato, Evandro Ferreira disse que a intenção é ligar o alerta para o desrespeito à democracia que tem sido comum no Brasil. “O grande objetivo do nosso grupo é trabalhar pela democracia e pela igualdade. O que nos une são os princípios de Justiça”, afirma.
O boneco ficou pendurado por um pedaço de arame e, antes de ser incendiado, as pessoas repetiram um testamento fictício em nome do presidente Michel Temer em tom de sátira, com críticas que se estenderam a outros políticos, como o deputado Jair Bolsonaro (PP).
Após a leitura do testamento, o boneco foi incendiado, acompanhado de uma fumaça vermelha que simulava o inferno. Enquanto o fogo ia consumindo o pano, bombas iam explodindo no corpo do 'presidente'.
A administradora Helena de Freitas, de 39 anos, que passava pela praça no momento da brincadeira, elogiou o ato. Para ela, Michel Temer representa muito bem uma classe que não tem contribuído para o crescimento do Brasil. “Ele faz parte de uma classe de políticos marcada pela corrupção, que nos faz acreditar que nunca vamos melhorar com esses que estão atualmente em Brasília”, afirma.
Na história bíblica, Judas Iscariotes era um dos 12 apóstolos e foi o responsável pela traição que entregou Jesus aos seus algozes. Em razão disso, virou tradição malhar ou queimar um boneco simbolizando Judas, mas sempre homenageando alguma personalidade que não é bem aceita pelo povo.