Usar a esperança que fez a vida de Jesus prevalecer sobre a morte como forma de inspiração para seguir fazendo o bem, espalhando a solidariedade em um momento com muitos obstáculos. Com especial atenção às virtudes que favoreçam o amor, a justiça e o bem. Essa foi a mensagem do arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, durante celebração ontem, na Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, que marcou o período de vigília pascal, destinada às irmãs das congregações religiosas que estão ligadas à Arquidiocese de BH. Após as orações conduzidas por dom Walmor, as irmãs fizeram confissões para renovar os votos de louvor a Deus e também ouviram do arcebispo que a atividade missionária que desenvolvem é muito importante para o desenvolvimento da Igreja Católica.
“Temos um carinho especial com a vida religiosa das congregações femininas. Esperamos que a riqueza dessas famílias possa frutificar o caminho da Arquidiocese de BH”, disse o chefe da Cúria metropolitana. Enquanto falava com as irmãs, dom Walmor também deu um recado, pedindo que as pessoas entendam que a lógica de felicidade dos tempos atuais, numa sociedade que muitas vezes olha apenas para o individual, não pode ir na contramão do amor, da Justiça e do bem. “A sociedade precisa aprender a lógica que se espalha como solidariedade, para fazer da Justiça sua sede e sua fome e viver a misericórdia”, disse o arcebispo.
Dom Walmor explicou que a vigília é o ápice do tríduo pascal, período de três dias do caminho da paixão, morte e ressurreição de Jesus. “A vigília é um momento de esperança, não de uma esperança ancorada em promessas humanas em projetos meramente humanos, mas uma esperança ancorada em Deus, exatamente porque é ele quem nos impulsiona com a força do seu amor na direção daquilo que nós precisamos. Portanto, o grande convite é para que as pessoas se abram a esse amor de Deus, olhando Cristo crucificado e ressuscitado vitorioso nessa perspectiva bonita e tão importante de a gente poder apostar em uma vida nova”, acrescenta.
Cerca de 90 congregações femininas estão integradas à Arquidiocese de BH. A irmã Giuseppina, da Congregação das Carmelitas, que é italiana e já está há três anos no Brasil, destacou que esse momento é muito importante para as religiosas porque é uma oportunidade de união. “É um convite do nosso bispo e rezar com ele é muito importante para nós. Tudo isso contribui para manifestar o amor no meio de nós”, afirma. Já a irmã Rosa, da Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações, ressaltou a oportunidade de encontrar religiosas de outras congregações. “Viemos com o objetivo de escutar a voz do nosso pastor, que se coloca à disposição para favorecer o momento de fraternidade, e também para ter um momento de convivência com outras congregações”, completa.
A missa, que foi aberta ao público, também recebeu outras pessoas, interessadas em ouvir a palavra de Deus. A arquiteta Marcela Vieira, de 42 anos, resolveu parar para refletir quando passava pela Igreja da Boa Viagem e percebeu que havia uma missa. “A palavra de conforto é sempre muito importante. Ela nos deixa mais leve e tranquilos para seguir os desafios da nossa vida”, completa.