Ouro Preto – Por trás dos anjinhos que participaram na manhã de ontem da Procissão da Ressurreição em Ouro Preto, várias histórias de gratidão. Muitas crianças subiram e desceram as ladeiras da cidade colonial, fundada em 1711, em agradecimento a graças alcançadas por diversos motivos. De mãos dadas com pais, mães ou avós, os pequenos rezaram o Pai Nosso, a Ave-Maria e outras orações no dia em que os católicos celebram o renascimento de Cristo.
Da matriz de São Francisco à do Rosário, os anjinhos passaram pelos tradicionais tapetes feitos de serragem colorida. Os enfeites foram montados na noite anterior e havia desenhos que lembraram diversas passagens bíblicas. Foram feitos tapetes em alusão a Jesus, à Maria, a José e aos anjos.
Vestir crianças de anjos na procissão da Ressurreição é uma tradição antiga na cidade. Dona Sônia Gomes, de 55 anos, nem pensou em quebrar o que aprendeu com os pais. E, como justificou, por motivo nobre, fantasiou o neto Pedro Lucas. “A mãe dele, minha filha, teve problemas de saúde. Ele tem 2 anos de idade e é a segunda vez que vem. É para agradecer mesmo a Jesus”, contou.
Pedro foi o primeiro da fila. Alegre, nem sequer se importou com o calor. Repetirá o percurso, como planejado pela avó, pelos próximos cinco anos. “A promessa é ele participar até os 7 anos de idade”, justificou dona Sônia. Se depender dela, o garoto estará na procissão todos os anos, mesmo quando adulto.
A vendedora Mayara Fernandes, de 25, levou a filha, Lívia, de 5, para agradecer a cura da pneumonia que a menina teve quando era bebê. “Ela ficou ruim mesmo. Graças a Deus deu tudo certo”, disse a mãe, que fez boa parte do trajeto de mãos dadas com a filha. Assim como as outras crianças, a garota usou um acessório comum entre as crianças que se vestem de anjos: as asas feitas com penas brancas.
Algumas meninas usaram arquinhos em forma de coroas. Betina Ribas, de 4, esteve linda. A mãe dela, Lívia, ficou orgulhosa. Acompanhou os passos da filha e se lembrou da época em que também se vestia de anjo.
“Era lindo! Agora também é”, disse a mãe, que nasceu na cidade histórica e, atualmente, mora em Mariana. Os passos delas – e dos demais fiéis – foram lentos. Valeu a pena: puderam ver melhor as pessoas que acenavam das janelas. Em muitas casas, como manda a tradição, havia panos roxos pendurados nas janelas.
À frente da procissão, Cláudio Gomes exibia o Guido, uma espécie de estandarte. “Lá se vão sete anos”, disse, orgulhoso, o fiel que ditou o rítimo da procissão. Ele e os outros católicos saíram da Igreja São Francisco de Assis, passaram pela praça Tiradentes é chegaram à matriz do Rosário. Além de moradores, vários turistas acompanharam a procissão.
No fim da manhã, terminada a caminhada, garis varreram os coloridos tapetes. Em 2018, moradores e visitantes voltam a passar a noite do sábado de Aleluia e a madrugada do domingo de Páscoa montando as peças. Tudo em nome da fé.
Da matriz de São Francisco à do Rosário, os anjinhos passaram pelos tradicionais tapetes feitos de serragem colorida. Os enfeites foram montados na noite anterior e havia desenhos que lembraram diversas passagens bíblicas. Foram feitos tapetes em alusão a Jesus, à Maria, a José e aos anjos.
Vestir crianças de anjos na procissão da Ressurreição é uma tradição antiga na cidade. Dona Sônia Gomes, de 55 anos, nem pensou em quebrar o que aprendeu com os pais. E, como justificou, por motivo nobre, fantasiou o neto Pedro Lucas. “A mãe dele, minha filha, teve problemas de saúde. Ele tem 2 anos de idade e é a segunda vez que vem. É para agradecer mesmo a Jesus”, contou.
Pedro foi o primeiro da fila. Alegre, nem sequer se importou com o calor. Repetirá o percurso, como planejado pela avó, pelos próximos cinco anos. “A promessa é ele participar até os 7 anos de idade”, justificou dona Sônia. Se depender dela, o garoto estará na procissão todos os anos, mesmo quando adulto.
A vendedora Mayara Fernandes, de 25, levou a filha, Lívia, de 5, para agradecer a cura da pneumonia que a menina teve quando era bebê. “Ela ficou ruim mesmo. Graças a Deus deu tudo certo”, disse a mãe, que fez boa parte do trajeto de mãos dadas com a filha. Assim como as outras crianças, a garota usou um acessório comum entre as crianças que se vestem de anjos: as asas feitas com penas brancas.
Algumas meninas usaram arquinhos em forma de coroas. Betina Ribas, de 4, esteve linda. A mãe dela, Lívia, ficou orgulhosa. Acompanhou os passos da filha e se lembrou da época em que também se vestia de anjo.
“Era lindo! Agora também é”, disse a mãe, que nasceu na cidade histórica e, atualmente, mora em Mariana. Os passos delas – e dos demais fiéis – foram lentos. Valeu a pena: puderam ver melhor as pessoas que acenavam das janelas. Em muitas casas, como manda a tradição, havia panos roxos pendurados nas janelas.
À frente da procissão, Cláudio Gomes exibia o Guido, uma espécie de estandarte. “Lá se vão sete anos”, disse, orgulhoso, o fiel que ditou o rítimo da procissão. Ele e os outros católicos saíram da Igreja São Francisco de Assis, passaram pela praça Tiradentes é chegaram à matriz do Rosário. Além de moradores, vários turistas acompanharam a procissão.
No fim da manhã, terminada a caminhada, garis varreram os coloridos tapetes. Em 2018, moradores e visitantes voltam a passar a noite do sábado de Aleluia e a madrugada do domingo de Páscoa montando as peças. Tudo em nome da fé.