Namorada e mãe do filho do adolescente de 19 anos que teria morrido por incentivo do jogo suicida Baleia Azul confirmou à Polícia Civil que o rapaz participava do game.
Gabriel, natural de Pará de Minas, na Região Central, pode ser a primeira vítima mineira de um jogo internacional de desafios que leva seus participantes ao suicídio. Segundo a mãe do jovem, Maria de Fátima Santos, de 37, ele vinha tentando deixar esse grupo, mas sofria uma pressão muito grande e nos dias que antecederam sua morte vinha agindo de forma estranha.
O corpo dele foi encontrado pela namorada no último dia 12, sobre a cama do casal, depois que ela voltou do pernoite na casa da mãe, na quarta-feira. Estima-se que o rapaz tenha ingerido dezenas de comprimidos na noite anterior.
Na família parentes comentam que não esperavam por esse tipo de desfecho, informando que o rapaz era trabalhador, pagava as próprias contas de aluguel e da casa e estava planejando uma festa de aniversário para a filha, no fim deste ano.
O game, de origem russa, começa por meio de contatos com grupos secretos do Facebook e culmina com um administrador repassando 50 desafios de graus variáveis de dificuldade, sendo a última tarefa dar cabo da própria vida. O caso está sendo investigado na Delegacia Regional de Pará de Minas, onde o telefone celular da vítima está sendo periciado.
Caso em BH
Outro caso que pode estar relacionado com o jogo é investigado em Belo Horizonte. Um adolescente de 16 anos foi encontrado morto no último fim de semana no Bairro Ribeiro de Abreu, na Região Nordeste da capital. Apesar de a princípio a Polícia Civil não relacionar o caso ao game, familiares da vítima suspeitam que haja relação.
O aparelho celular e computadores do adolescente morto em BH já estão sendo periciados pela Polícia Civil. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), o corpo foi encontrado pelo padrasto e pela mãe do jovem por volta da 1h de domingo. O casal chegava em casa de carro quando viu a vítima na varanda com uma corda no pescoço e as mãos amarradas. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML).
Segundo a polícia, o padrasto e um amigo informaram que o adolescente era calado e ficava muito tempo no celular, na internet e em redes sociais. O em.com.br conversou com uma tia do jovem, que não quis se identificar, mas disse que há a suspeita de que o desafio da Baleia Azul tenha influenciado o garoto.
“Tudo ainda está sendo investigado. Há rumores de que no IML encontraram uma marca de baleia desenhada no corpo dele. Mas eu mesma não vi”, afirmou.
(RG)
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