Uma das questões que dificultam a apuração dos casos de roubos seguidos de morte pela Polícia Civil, segundo o delegado Emerson Morais, é a ausência de vínculo entre vítima e autor. O policial trabalhou na apuração da morte do estudante de veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Gabriel Araújo de Oliveira, de 21 anos, assassinado em 6 de fevereiro no Bairro São Gabriel, Nordeste de Belo Horizonte, e afirma que, como os criminosos escolhem alvos por oportunidade, sem conhecimento de quem será assaltado, na maioria das vezes fica muito mais complicado estabelecer a conexão entre os dois lados. Por isso, a Polícia Civil pede que a população denuncie e repasse qualquer informação importante para as autoridades via Disque Denúncia, pelo telefone 181. Essa ajuda foi decisiva para desvendar a morte de Gabriel, segundo o delegado Emerson Morais.
Um dos dois maiores, Roberth Martins da Silva, de 20 anos, era, inclusive, foragido da Justiça após uma saída temporária para passar o Natal de 2016 em casa, enquanto cumpria pena de nove anos por um roubo em 2015. Como não voltou após o benefício, passou a ser procurado. Marcos Flávio de Oliveira Souza, de 18, participou do mesmo assalto em 2015, mas como era menor na época, acabou escapando de punição mais rígida.
O terceiro envolvido no caso, de 17 anos, foi detido logo depois de roubar, à mão armada, uma carga de carne suína no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, em 8 de março. Os três ostentavam roupas de marca e frequentavam festas de luxo com o dinheiro proveniente de roubos. “Essa vida que eles estavam levando era às custas do celular da empregada doméstica no ponto de ônibus, do frentista, do operário de obra, da senhora que está fazendo uma caminhada, do rapaz indo para a escola. E são jovens, com toda a capacidade física e rigidez mental para o trabalho”, diz Emerson Morais.
ENTENDA O CASO Segundo a Polícia Civil, o trio nem chegou a levar o celular de Gabriel. O delegado explicou que os três estavam em duas motos, sendo o menor sozinho em uma delas dando cobertura. Eles seguiram em 6 de fevereiro pela Rua Ilha da Malta à procura de uma oportunidade de assalto. Roberth e Marcos Flávio observaram Gabriel andando pela rua e mexendo no celular, quando o abordaram. Ele havia saído de uma quadra de futebol e se dirigia à casa de um amigo e teria reagido, tomando um tiro. Graças a informações repassadas pelo 181, a polícia conseguiu localizar os suspeitos e começou a remontar o caso.
“O menor apontou os dois como autores do disparo e os dois jogaram a responsabilidade no menor. Mas os álibis que eles construíram foram derrubados pela investigação”, afirma o delegado. Roberth e Marcos Flávio negaram o crime, mas podem pegar de 20 a 30 anos de cadeia pelo crime de latrocínio. O adolescente pode ficar até três anos internado.
O delegado Matheus Cobucci, chefe da Divisão de Crimes contra a Vida, reitera a importância de manter a calma e não reagir a um roubo, pois tentar preservar um bem pode custar a vida no momento em que os bandidos estão exaltados pela situação em si, mas também por uso de drogas e álcool. “As pessoas devem evitar transitar com celular aparente, evitar estacionar veículos em locais ermos. Antes de entrar na garagem, também é importante passar uma vez pela rua, se for o caso duas, e, no caso de observar pessoas suspeitas, não entrar. São pequenas atitudes que podem evitar que a vítima seja alvo de bandidos”, afirma.
Um dos dois maiores, Roberth Martins da Silva, de 20 anos, era, inclusive, foragido da Justiça após uma saída temporária para passar o Natal de 2016 em casa, enquanto cumpria pena de nove anos por um roubo em 2015. Como não voltou após o benefício, passou a ser procurado. Marcos Flávio de Oliveira Souza, de 18, participou do mesmo assalto em 2015, mas como era menor na época, acabou escapando de punição mais rígida.
O terceiro envolvido no caso, de 17 anos, foi detido logo depois de roubar, à mão armada, uma carga de carne suína no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, em 8 de março. Os três ostentavam roupas de marca e frequentavam festas de luxo com o dinheiro proveniente de roubos. “Essa vida que eles estavam levando era às custas do celular da empregada doméstica no ponto de ônibus, do frentista, do operário de obra, da senhora que está fazendo uma caminhada, do rapaz indo para a escola. E são jovens, com toda a capacidade física e rigidez mental para o trabalho”, diz Emerson Morais.
ENTENDA O CASO Segundo a Polícia Civil, o trio nem chegou a levar o celular de Gabriel. O delegado explicou que os três estavam em duas motos, sendo o menor sozinho em uma delas dando cobertura. Eles seguiram em 6 de fevereiro pela Rua Ilha da Malta à procura de uma oportunidade de assalto. Roberth e Marcos Flávio observaram Gabriel andando pela rua e mexendo no celular, quando o abordaram. Ele havia saído de uma quadra de futebol e se dirigia à casa de um amigo e teria reagido, tomando um tiro. Graças a informações repassadas pelo 181, a polícia conseguiu localizar os suspeitos e começou a remontar o caso.
“O menor apontou os dois como autores do disparo e os dois jogaram a responsabilidade no menor. Mas os álibis que eles construíram foram derrubados pela investigação”, afirma o delegado. Roberth e Marcos Flávio negaram o crime, mas podem pegar de 20 a 30 anos de cadeia pelo crime de latrocínio. O adolescente pode ficar até três anos internado.
O delegado Matheus Cobucci, chefe da Divisão de Crimes contra a Vida, reitera a importância de manter a calma e não reagir a um roubo, pois tentar preservar um bem pode custar a vida no momento em que os bandidos estão exaltados pela situação em si, mas também por uso de drogas e álcool. “As pessoas devem evitar transitar com celular aparente, evitar estacionar veículos em locais ermos. Antes de entrar na garagem, também é importante passar uma vez pela rua, se for o caso duas, e, no caso de observar pessoas suspeitas, não entrar. São pequenas atitudes que podem evitar que a vítima seja alvo de bandidos”, afirma.