A madrugada desta quarta-feira foi de terror para o motorista de um Uber e o dono de uma Captiva.

Os dois foram feitos reféns por um grupo de três adolescentes e um jovem nas regiões de Venda Nova e Pampulha. Os criminosos os mantiveram sob ameaças, inclusive, com uma submetralhadora. Em atos de coragem, as vítimas, em momentos distintos, conseguiram fugir dos veículos. O bando acabou detido pela Polícia Militar (PM) horas depois. A intenção dos suspeitos, segundo a corporação, era utilizar os carros para assaltar um homem que receberia R$ 200 mil de herança.

Os crimes tiveram início depois que dois homens chamaram o motoristas do Uber por meio do aplicativo. A viagem foi solicitada no Bairro São João Batista. Logo que o carro chegou, a dupla entrou no veículo e rendeu a vítima. Em seguida, passaram por uma praça onde pegaram os outros dois comparsas.

Segundo a PM, eles rodaram com o motorista por algum tempo até seguirem para a região da Pampulha. Na Avenida Otacílio Negrão de Lima, no Bairro Jardim Atlântico, três dos criminosos desceram do carro e pararam uma Captiva. O motorista, que estava no local para fazer caminhadas, foi rendido e também feito refém.

O grupo saiu nos dois carros para locais distintos. De acordo com relatos do motorista do Uber, ele aproveitou que estava sozinho com apenas um dos suspeitos e conseguiu puxar o freio de mão e retirar a chave da ignição. Depois, procurou a PM que começou a fazer o rastreamento para localizar os suspeitos.

Enquanto isso, parte do grupo continuou com o motorista da Captiva. Quando passava pela MG-010, próximo ao Bairro Serra Verde, em Venda Nova, a vítima também teve um ato de coragem. Mesmo sendo ameaçado de morte pelos homens, ele abriu a porta e atrevessou a rodovia. Em seguida, também acionou a PM.

Buscas

De acordo com o subtenente Félix, do 49º Batalhão da Polícia Militar, o grupo foi encontrado com o intenso trabalho das equipes de inteligência e dos policiais. “O cidadão do Uber procurou a PM que começou o rastreamento. Com as características, fizemos o levantamento do banco de dados com o serviço de inteligência. Conseguimos fazer o cerco na casa de um deles. Em entrevista com um dos menores, ele confessou que participou do crime”, afirmou.

Diante das informações colhidas com o adolescente e relatos das vítimas, os policiais conseguiram chegar até os outros envolvidos. “Fizemos levantamentos de todas as quadrilhas que atuam no roubo na região. Com isso, chegamos até o grupo”, completou. Uma submetralhadora de fabricação caseira foi apreendida.

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