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Estado de Minas

Samarco busca acordo para manter quadro de funcionários

Em reunião com sindicalistas, representantes da mineradora propuseram novo layoff, que é a suspensão temporária do contrato de trabalho, já atividades da mina seguem paradas


postado em 20/04/2017 17:31 / atualizado em 20/04/2017 19:10

Extração de minério foi suspensa no Complexo de Germano desde acidente (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Extração de minério foi suspensa no Complexo de Germano desde acidente (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
A Samarco e representantes dos trabalhadores se reuniram nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, para discutirem a situação atual dos funcionários que estão parados, desde o rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, na Região Central, em novembro de 2015. Diante da interrupção das atividades da mineradora, foi realizada proposta de um terceiro período de layoff, que é a suspensão temporária do contrato de trabalho.

A proposta foi apresentada aos dirigentes dos sindicatos Metabase (Mariana) e Sindimetal (ES), que vão agora realizar assembleias com os empregados da Samarco para votação. Pelo acordo, os trabalhadores receberão, entre outros benefícios, bolsa de qualificação profissional e ajuda compensatória mensal.

Se aprovado pelos empregados, o novo período de layoff terá início em 1 de junho com duração até 31 de julho, podendo ser prorrogado por até três meses.

Desde o rompimento da barragem, em 5 de novembro de 2015, a Samarco busca a manutenção de seu quadro de pessoal, enquanto aguarda o processo de fiscalização das autoridades federais e estaduais, para o licenciamento que permita a retomada das atividades no complexo de Germano, em Mariana.

De 10 a 29 de novembro de 2015, os empregados entraram de licença remunerada. A partir do dia 30, depois de constatada a dimensão dos danos, foi concedida férias coletiva até 29 de dezembro daquele ano.

O ano de 2106 começou para os trabalhadores com licença remunerada, entre 4 e 10 de janeiro. Na sequência teve o primeiro período de layoff, de 25 de janeiro a 25 de maio. O segundo layoff foi entre 25 de maio a 25 de junho do ano passado.

Houve ainda um programa de demissões voluntárias e involuntárias, encerrado em julho de 2016, quando então a empresa enxugou o seu quadro de pessoal para 1,8 mil empregados.

O layoff são medidas temporárias tomadas por iniciativa do empregador, com redução da carga normal de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho. Entre os motivos para adoção da medida, inclui a interrupção das atividades empresariais devido a catástrofes.

No período do layoff, os trabalhadores recebem compensação salarial mensal igual a dois terços do seu salário normal líquido, dentro de um limite mínimo e máximo. A compensação salarial é paga pelo empregador diretamente ao funcionário. Somente os administradores e gerentes não podem ser beneficiados pela medida.


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