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Estado de Minas

Pelo terceiro dia seguido, bombeiros monitoram galpão que pegou fogo na Pampulha

Viatura esteve no local nesta quarta-feira para prevenir possível retomada de chamas, após incêndio que destruiu empresa de óleos lubrificantes


postado em 26/04/2017 11:20 / atualizado em 26/04/2017 12:06

Imóvel ficou completamente destruído após o incêndio de grandes proporções(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Imóvel ficou completamente destruído após o incêndio de grandes proporções (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Militares do Corpo de Bombeiros voltaram, pelo terceiro dia seguido, ao galpão da empresa de óleos lubrificantes que pegou fogo no Bairro São Francisco, Região da Pampulha, em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira para mais uma etapa do trabalho que começou domingo.

De acordo com a corporação, uma viatura esteve no local por volta das 10h para previnir uma possível reignição das chamas, que assustaram quem passou no último domingo pelas vias do entorno da Rua Major Delfino de Paula. Ao meio dia, a viatura já havia retornado ao 3º Batalhão. As labaredas e colunas de fumaça eram tão grandes e intensas que foram vistas em diferentes pontos de BH.

SEM PROJETO ADEQUADO Mesmo tendo ciência de que o galpão da empresa não tinha o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), a corporação não interditou o imóvel. A sansão é prevista na Lei 14.130/2001 e deve ser aplicada depois de reiteradas notificações e multas ao proprietário que não providenciar o documento que atesta a adequação de estabelecimentos à legislação estadual contra incêndio e pânico.

Mas a única e última vistoria feita no local pelos bombeiros ocorreu em 2006. Na ocasião, a ida dos militares foi para emissão do documento, entretanto o projeto apresentado pela empresa não era adequado para a edificação. De lá para lá, o estabelecimento permaneceu funcionando, mesmo ser ter o projeto de prevenção e combate a incêndios. Problema que veio à tona no último domingo, quando o imóvel foi tomado por enormes labaredas e ficou destruído. O fogo atingiu ainda outros dois galpões nos números 2.608; 2.620 e 2.630, sendo que os dois últimos números se referem a uma única empresa.

Ontem, por meio de uma nota enviada à imprensa, o Corpo de Bombeiros confirmou que o local chegou a apresentar o Projeto de Prevenção Contra Incêndio e Pânico, em 2006, que foi analisado e que teve diversas erros detectados. “O proprietário foi notificado a fazer as correções necessárias para conseguir o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), o que não ocorreu até a presente data”, informa a nota. No documento, a corporação deixa claro que para uma edificação esteja adequada à legislação e apta a receber o AVCB é preciso um projeto de prevenção seja feito por um responsável técnico e aprovado pelo Corpo de Bombeiros, antes de ser executado. Após a aprovação, o projeto é devolvido aos responsáveis para a sua implantação. Depois dessa etapa, a edificação deve passar por nova vistoria do Corpo de Bombeiros para liberação do AVCB ou correções necessárias.

No caso do imóvel que se incendiou no São Francisco, no entanto, nenhuma dessas etapas posteriores à primeira vistoria foi cumprida. Na nota enviada ontem, o Corpo de Bombeiros chega a abrir uma exceção para funcionamento sem o AVCB e diz que: “em casos de edificações antigas, a legislação permite que durante o processo de regularização, o estabelecimento que não apresente risco iminente, continue em funcionamento até a sua regularização”.

A corporação foi procurada, por meio de sua assessoria de imprensa, pela reportagem do Estado de Minas, que questionou por que a empresa se manteve ativa por mais de uma década sem o projeto de prevenção e combate a incêndio e se não teria ainda mais motivos para tê-lo por ser um depósito de produtos inflamáveis. Nenhum representante da corporação se posicionou sobre o assunto, bem como não explicou por que o Corpo de Bombeiros não retornou ao estabelecimento que pegou fogo desde 2006.

CHAMAS SEM FIM
O incêndio que destruiu o imóvel começou às 13h30 do último domingo e só foi controlado por volta das 19h. Para isso, foram usados cerca de 200 mil litros de água e 600 litros de líquido gerador de espuma, concentrado específico para conter a queima de combustíveis. Mas, até a tarde de segunda-feira, bombeiros ainda trabalhavam no resfriamento das paredes da construção, que foi condenada. Ontem, os militares estiveram novamente no local. Segundo a corporação, as chamas ressurgiram e foram extintas com o uso de 500 litros de água. Uma viatura auto-bomba permanece na Rua Major Delfino de Paula realizando os trabalhos de prevenção a novos focos de incêndio.


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