A Polícia Civil (PC) prendeu na manhã desta quarta-feira o médico ginecologista Saulo Andrade de Oliveira, de 70 anos, suspeito de abusar de pelo menos sete mulheres na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os casos ocorreram entre 2008 e 2016. De acordo com a polícia, o médico afirmou que não cometeu crime algum.
Saulo é suspeito de abusar de duas mulheres em Nova Lima, duas em Belo Horizonte e três em Betim, que motivaram a prisão. Segundo as investigações da PC, a primeira ocorrência contra o ginecologista em Betim foi registrada em 2015. A vítima fazia acompanhamento pré-natal em um posto de saúde e alegou ter sido abusada pelo médico. Ela fez o boletim de ocorrência (BO) mas não deu continuidade ao caso, uma vez que não foi à Delegacia de Mulheres pra prestar depoimento.
Concursado pela Prefeitura de Betim, o suspeito atendia no posto de saúde do Bairro Alvorada desde 2015. havia trabalhado, anteriormente, nos postos dos bairros Bueno Franco e Nossa Senhora de Fátima. O médico atuava ainda no Hospital da Unimed, de onde foi afastado logo depois da denúncia da paiente em meados do ano passado.
Ele foi indiciado e denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por violação sexual mediante fraude que é quando o suspeito usa seu ofício para praticar atos libidinosos e conjunção carnal sem uso de violência ou ameaça. A pena varia entre 2 a 6 anos de prisão.
Investigação
A delegada Cristiane Oliveira, que está chefiando o inquérito, ouviu as vítimas, o médico e testemunhas que trabalham nos postos de saúde em que Saulo atende. O ginecologista negou ter cometido alguma ilegalidade e disse que os casos se tratam de "procedimentos normais da ginecologia" e que as mulheres "se confundiram".
Colegas de trabalho do suspeito informaram à polícia que já haviam recebido reclamações informais contra o médico. Saulo está detido no Ceresp de Betim.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Unimed informou que desde junho de 2016 o médico não atendia clientes da cooperativa. Em janeiro de 2017, ele deixou definitivamente de fazer parte do quadro de cooperados.
A prefeitura de Betim informou, também por meio de nota, que há um processo administrativo disciplinar aberto contra o médico, em fase de sindicância, desde 2014. Ele foi suspenso ontem pela Corregedoria e, caso se comprove as denúncias, não vai retornar ao cargo, sendo demitido do serviço público.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Unimed informou que desde junho de 2016 o médico não atendia clientes da cooperativa. Em janeiro de 2017, ele deixou definitivamente de fazer parte do quadro de cooperados.
A prefeitura de Betim informou, também por meio de nota, que há um processo administrativo disciplinar aberto contra o médico, em fase de sindicância, desde 2014. Ele foi suspenso ontem pela Corregedoria e, caso se comprove as denúncias, não vai retornar ao cargo, sendo demitido do serviço público.