Com a falta de ônibus e a paralisação total dos metroviários, a solidariedade é que predomina em Belo Horizonte. Na Avenida Cristiano Machado, um posto de gasolina na altura do Bairro Guarani, Norte da capital mineira, virou ponto de carona por conta do atraso dos coletivos e do fechamento das estações do metrô. Pessoas aguardam colegas de trabalho que vão ao serviço de carro e também pedem carros por aplicativos de transporte. O ato é contra as reformas da Previdência, trabalhista e a Lei da Terceirização.
É o caso da vendedora Ana Maia, de 32 anos. Moradora do Guarani, ela trabalha em Contagem, na Grande BH, e ficou sem o metrô. Está aguardando um colega de trabalho que mora em Vespasiano e vai passar pela Cristiano Machado. "O problema é que tem interdição por lá e ele está preso no trânsito", afirma.
De acordo com a BHTrans, apenas duas estações de ônibus de Belo Horizonte funcionam parcialmente, a Barreiro e Vilarinho. Nas Estações Diamante e Barreiro, policiais militares reforçam a segurança por causa da presença de manifestantes. Agentes de trânsito estão monitorando o entorno dos terminais.
Trânsito lento
O dia de paralisação geral em todo o país testa a paciência de motoristas na manhã desta sexta-feira em Belo Horizonte. Por causa da paralisação parcial dos ônibus e total dos metroviários, o número de veículos nas vias da cidade aumentou. Devido a essa situação, várias vias estão com trânsito lento. No Anel Rodoviário, próximo ao Viaduto São Francisco, na Pampulha, e na MG-010, em direção a Confins, manifestantes fecham parcialmente a pista.