Comércio abre as portas na Savassi, mas tem pouco movimento

o movimento de clientes é bem abaixo que nos dias normais. Funcionários relatam que tiveram dificuldades para chegar ao trabalho, mas dependem do serviço para ganhar comissão

Valquiria Lopes João Henrique do Vale

Comércios abriram as portas nesta sexta-feira de paralisação - Foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press


O comércio na Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, ignoraram a greve geral e abriram as portas nesta sexta-feira. Porém, o movimento de clientes é bem abaixo que nos dias normais. Funcionários relatam que tiveram dificuldades para chegar ao trabalho, mas dependem do serviço para ganhar comissão.

É o caso da supervisora de vendas de uma loja de calçados na Avenida Getúlio Vargas, Ana Sílvia Ramos. “Não tivemos orientação dos donos da loja para parar. Além do mais, trabalhamos com o comércio, as vendedoras dependem de comissão e não querem perder um dia de vendas", afirmou.

A vendedora Letícia Marques, de 24 anos, afirmou que teve dificuldade em chegar no trabalho. “Moro no Bairro Saudade e geralmente gasto 40 minutos para chegar à Savassi. Hoje fiquei esperando, no ponto, uma hora e vinte minutos, para o ônibus passar", reclamou.
Segundo ela, outras colegas também enfrentaram dificuldades para chegar ao trabalho e que uma delas pediu à irmã para levá-la de carro até a loja, na Savassi.

O temor agora é com o retorno para casa. "Pretendo pegar os mesmos dois ônibus que pego todo dia. Tomara que eles estejam funcionando normalmente", diz. Ela conta que não aderiu à paralisação porque depende da comissão das vendas.

Supervisora de loja diz que funcionários precisam de comissão, por isso o comércio abriu - Foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press

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