Restaurantes de BH registram queda no movimento em dia de greve

Fluxo de clientes diminuiu 80%. Proprietários e gerentes das casas disseram que são à favor do movimento, mas que decidiram abrir as portas em respeito aos clientes

Francelle Marzano

Alguns dos restaurantes disponibilizaram carros, caronas e ajudas de custo para que os funcionários chegassem ao trabalho - Foto: Gladyston Rodrigues/EM

Bares e restaurantes de Belo Horizonte ignoraram a greve geral contra as reformas da Previdência, trabalhista e a Lei da Terceirização e funcionaram normalmente nesta sexta-feira, 28. O paralisação, no entanto, afetou o movimento de clientes e a maioria dos estabelecimentos registrou queda de até 80% no faturamento do dia. Proprietários e gerentes das casas disseram que são à favor do movimento, mas que decidiram abrir as portas em respeito aos clientes.

O proprietário do restaurante Baiana do Acarajé, Odair Melo, disse que recebeu apenas 20% dos clientes que costumam almoçar no local. 'É um movimento fraco, mas decidimos abrir em respeito aos nossos clientes. Não é legal a pessoa chegar aqui e achar a porta fechada", disse. No local, apenas sete dos 44 funcionários não foram trabalhar, segundo Odair, porque não conseguiram transporte. "Alguns vieram de carona, chegaram atrasados, outros tentaram vir, mas não conseguiram por conta dos bloqueios nas estradas", disse.

No restaurante Casa dos Contos, no Funcionários, a queda no movimento foi de 30%.

Apesar disso, o gerente do local, Raimundo Colombo Silva, afirma que compensa abrir a casa e não deixar os clientes "na mão". "Mais de 90% dos funcionários conseguiram chegar. Os que não vieram, é porque moram longe e não tiveram transporte ou a estrada estava fechada", completou.

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