Rede SUS de BH registra aumento da busca pelas terapias alternativas

Em 2016, o número de consultas de homeopatia, medicina antroposófica e acupuntura foi de 34.482 atendimentos, enquanto o lian gong tem hoje mais de 10 mil praticantes

Valquiria Lopes João Henrique do Vale

- Foto: A demanda por atendimento nas práticas integrativas complementares em Belo Horizonte –  onde o SUS oferece quatro das 19 modalidades de terapias alternativas agora previstas pelo Ministério da Saúde – teve um salto de 10% no ano passado em relação a 2015.

Em 2016, o número de consultas de homeopatia, medicina antroposófica e acupuntura foi de 34.482 atendimentos, enquanto o lian gong tem hoje mais de 10 mil praticantes, que participam das atividades mais de uma vez por semana. As atividades são oferecidas em centros de saúde, outros prédios públicos e também em espaços ao ar livre, onde é ainda maior o contato com a natureza.

Com a publicação da Portaria 849/2017, que acrescenta mais 14 práticas integrativas completares ao Sistema Único de Saúde, fica definido que as responsabilidades institucionais para a implantação e implementação das terapias deve atender às necessidades regionais e, por isso, cada estado, município ou distrito federal é orientado a instituir as próprias normas.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, além de estar com estudo em andamento para implantar mais três práticas, a pasta terá como próximo passa o treinamento de servidores para executá-las, mas ainda depende de questões orçamentárias.

Na Portaria 849 assinada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, ele argumenta que a Organização Mundial de Saúde (OMS) incentiva e fortalece a inserção, reconhecimento e regulamentação dessas práticas, que trouxeram avanços significativos para a qualificação do acesso e da resolutividade na rede de atenção à saúde.

ALÍVIO Resultados que foram percebidos na prática pela aposentada Raimunda Carvalho Flores, de 60 anos, que está fazendo seu segundo ciclo de acupuntura para tratamento de edema. O inchaço na perna esquerda surgiu após sessões de radioterapia para tratamento de um tumor no endométrio, que afetou a circulação no membro inferior. “Depois da radioterapia, minha perna começou a ficar sempre inchada e, com a acupuntura, tenho um alívio enorme, porque ela proporciona a drenagem do líquido acumulado. A técnica também me traz tranquilidade, equilíbrio e bem-estar”, afirma.

A médica acupunturista que a atende, Lúcia Helena Verçosa, elogia a iniciativa do Ministério da Saúde em incluir novas práticas alternativas na rede SUS. “Acho essencial, porque a medicina alopática não tem mais condições de seguir sozinha, segmentada, com profissionais que não mais olham o paciente como um todo, em sua integralidade”, afirma.

 

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CUIDE-SE

Ao contrário de alguns outros serviços do SUS nos quais a demanda é maior que a oferta de atendimento, as terapias complementares têm vagas disponíveis na rede. Saiba como participar

Procure o centro de saúde mais próximo da sua casa
Ligue para o SOS Saúde: (31) 3277-7722
Acesse o site: www.pbh.gov.br/saude

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