O prefeito de Betim, Vittorio Medioli, (PHS) anunciou que a Guarda Municipal vai usar revólveres no patrulhamento da cidade.
A novidade foi comunicada numa transmissão pelo Facebook, na noite dessa terça-feira.
A data de início do patrulhamento com arma de fogo, no entanto, ainda não foi divulgada.
Medioli relatou que a medida visa combater quadrilhas armadas que têm causado insegurança na população, com seguidos ataques aos centros de saúde do município e às linhas de transporte coletivo.
"Nós estamos desarmados, enfrentando uma luta armada. Queremos colocar aqui, em Betim, uma operação de enfrentamento à criminalidade que é absurda," relatou.
"Nós estamos desarmados, enfrentando uma luta armada. Queremos colocar aqui, em Betim, uma operação de enfrentamento à criminalidade que é absurda," relatou.
O prefeito relatou que sempre foi contra armamento com munições de fogo para os guardas. Mas "a experiência mostrou que não será possível garantir segurança aos servidores e moradores de Betim sem esta medida".
Medioli também criticou as Leis nacionais que não garantem a prisão dos menores infratores e informou que câmeras de segurança serão instaladas em unidades de saúde.
Medioli também criticou as Leis nacionais que não garantem a prisão dos menores infratores e informou que câmeras de segurança serão instaladas em unidades de saúde.
Durante o comunicado, o prefeito criticou o governo do estado. Segundo ele, a segurança pública é uma questão de nível estadual que não vem sendo combatida. "Estou aguardando no meu gabinete uma ligação do governador para saber o que podemos ter de policiais armados o mais rápido possível. Nós estamos também tendo problemas com os ônibus e a garantia de segurança pública é um dever do estado".
De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Betim, o ofício para firmar o convênio que garanta as armas aos guardas foi assinado nessa terça-feira pelo prefeito e deve ser enviado para a Polícia Federal até o fim da semana. Foi informado que desde setembro de 2015, a Lei nº 5946 já autorizava o uso de arma de fogo pela GM, mas o decreto de efetivação não havia sido criado.
Ao todo, 60 agentes do grupamento móvel especializado, além de comandantes e inspetores, poderão portar armas. O processo de licitação para contratação de empresas que forneçam as armas e treinamento aos guardas ainda está em fase inicial.
A Secretaria de Segurança Pública do município foi procurada pela reportagem para fornecer os dados de registro municipais sobre os ataques aos equipamentos públicos onde o patrulhamento é de responsabilidade da Guarda Municipal, mas o em.com.br ainda não teve resposta.
O Governo do Estado de Minas Gerais também foi procurado e afirmou o posicionamento será concedido pela Polícia Militar. A corporação, por meio do Gestor de Operações Militares do Estado, Coronel Mauro Lúcio de Moura Alves, relatou que 574 militares atuam no patrulhamento diário em Betim.
Segundo ele, o que pode estar ocorrendo são problemas de assessoria da chefia da Guarda Municipal com a Prefeitura de Betim, pois a PM segue realizando as operações de modo a combater a criminalidade, mas que não é possível assumir o patrulhamento nas Unidades Básicas de Saúde, que é de responsabilidade da GM.
O Coronel, que na próxima sexta-feira assumirá a 2º Região Militar do estado, prometeu, como novo comandante, "que os contatos serão feitos diretamente com o prefeito Medioli, pessoa de extremo respeito, de modo que as ações sejam feitas prontamente para, juntos somarmos forças. O que não é certo é dizer que a PM cruzou as braços para as reinvidicações do município. Se os criminosos são soltos, como ele cita, não é culpa da PM que realizada a prisão,"concluiu.