O futuro do advogado Demétrio Antônio Vargas de Mattos, de 45 anos, acusado de espancar a auxiliar de escritório Kely Loyola Pereira, de 41 anos, ex-namorada dele, no Bairro Buritis, Oeste de Belo Horizonte, pode ficar nas mãos do Júri Popular. O processo do caso foi encaminhado para o 1º Tribunal do Júri. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai dar o parecer sobre as agressões e, em seguida, os autos serão analisados pelo juiz, que decidirá se o julgamento será feito pelo conselho de sentença.
O inquérito foi remetido à Justiça em 11 de abril. A delegada responsável pelo caso, Amanda de Menezes Turty, da Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher do Barreiro, indiciou Demétrio por tentativa de feminicídio, cuja pena varia de 12 a 30 anos. O homem também já tinha um histórico anterior de agressão contra uma outra ex-namorada.
As agressões contra Kely aconteceram em 1º de abril, na casa da vítima, no Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte. A motivação foi o término do namoro, anunciada pela vítima, sob alegação de que Demétrio era muito possessivo e tinha comportamentos violentos.
A assistente de escritório levou diversos socos e chutes no rosto. A vítima contou que foi surpreendida na porta do prédio dela com uma rasteira. Em seguida, levou vários socos e chutes no rosto. Ela teve 31 lesões, no rosto e pescoço, constatadas no exame de corpo e delito.
Por causa da violência contra a vítima e pelo histórico de outras agressões, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Demétrio. O mandado foi cumprido em 5 de abril. Os policiais estiveram em quatro endereços até encontrá-lo na Avenida Álvares Cabral, próximo à residência da mãe dele, no Centro. Ele não ofereceu resistência no momento da prisão e se negou a prestar qualquer esclarecimento durante a oitiva.