O Ministério das Relações Exteriores do Brasil busca informações oficiais junto ao governo mexicano sobre a morte de um mineiro de Guanhães, cidade de 33,3 mil habitantes, a 248 quilômetros de Belo Horizonte, no Leste só estado, cujo corpo foi encontrado por autoridades locais na sexta-feira, no povoado de Valência, município de Dias Ordaz, estado de Taumalipas.
O Itamaraty informou ter acionado o Consulado do Brasil no México para o levantamento de dados oficiais sobre as circunstâncias da morte do mineiro, a fim de fazer comunicação com a família. O órgão adiantou que vai tratar dos procedimentos burocráticos para a liberação do corpo. No entanto, os gastos com o traslado para o Brasil ficarão por conta dos parentes.
É o primeiro caso de morte de brasileiro em tentativa de entrar ilegalmente nos EUA divulgado desde a posse de Donald Trump. O presidente norte-americano prometeu desde a campanha eleitoral endurecer as regras para impedir a entrada e a permanência de imigrantes latinos em situação irregular no país.
De acordo com o jornal Reporte Tamaulipas, o mineiro estava com passaporte, o que possibilitou sua identificação. Fabrício vestia jeans, camisa verde e branca e tênis marrom, “além de ter uma tatuagem de um tigre no braço direito”. O Estado de Minas apurou em Guanhães que o rapaz, que trabalhava em uma empresa de logística na cidade, já havia sido deportado dos Estados Unidos. Ele fazia a terceira tentativa de entrar no país.