A cena de violência foi vista pelo pai da fisioterapeuta e vizinhos dela, que das janelas gritavam para tentar intimidar os bandidos. “Foi tudo muito rápido e fui correndo em direção à minha filha, quando ela conseguiu se soltar e se levantou. Policiais militares chegaram rapidamente, em cinco minutos, e nos levaram para o Hospital de Pronto-Socorro (João XXIII), onde ela foi bem atendida”, contou o aposentado.
O ataque a Suzana Barcelos foi por volta das 8h, quando ela seguia em direção ao seu carro, estacionado na esquina das ruas Rio Doce e Monte Alegre, para ir trabalhar. “Ela se assustou com a chegada do assaltante, que estava na garupa e pegou sua mochila. Como não conseguiu se soltar da alça, o ladrão a arrastou na descida”, explicou o pai.
Ainda, de acordo com o S.B., depois de arrastada por quase meio quarteirão, sua filha foi agredida com socos e chutes pelo bandido que estava na garupa. A fisioterapeuta sofreu queimaduras no braço, por encostar no cano de descarga da motocicleta, escoriações por todo o corpo e um ferimento na cabeça, em consequência de coronhadas. Mesmo depois de ter pego a mochila, o ladrão desceu e deu dois chutes na vítima, enquanto seu comparsa gritava “atira nela”.
Os policiais militares, depois de levarem a mulher ao hospital, retornaram ao local do ataque.
Suzana teve seus documentos e cartões bancários levados pelos bandidos, além de um notebook e um tablet, entre outros objetos de valor. Ela recebeu atendimento médico no HPS, com curativos nas escoriações e pontos na cabeça. A fisioterapeuta foi sedada e, por volta das 20h, seguia em observação, com expectativa de alta até o fim da noite.
Moradores vizinhos do local do crime afirmam que os assaltos têm sido constantes, na maioria das vezes no começo da manhã, quando estão chegando empregadas domésticas para trabalhar. No dia 29 do mês passado, dois homens numa motocicletas roubaram um homem no começo da tarde. Dias depois, uma casa na Monte Alegre foi arrombada. “Os policiais passam aqui, mas os criminosos vêm uns 15 minutos depois e escolhem suas vítimas. Precisamos de reforço da segurança por parte da PM, pois a qualquer momento teremos uma tragédia aqui”, desabafou uma moradora da área, que não quis se identificar..