Preocupados com a situação de violência da Região da Pampulha nos últimos dias, alunos da Escola Estadual Madre Carmelita organizam uma passeata para reivindicar mais segurança. Marcado para a manhã desta quinta-feira, o protesto exige proteção para os estudantes, em especial para as meninas, já que, nos últimos 50 dias, três casos de estupro foram registrados nos bairros Bandeirantes e Itatiaia. A Polícia Civil está investigando se há ligação entre os casos.
A vice-direção afirma não ter informações sobre a passeata. Quanto à violência, a escola explicou que solicitou vigias à Secretaria de Estado da Educação (SEE), mas que eles só podem atuar dentro da instituição. “Na rua, precisamos de policiamento. A escola fica em um lugar isolado e precisa ser mais bem monitorada pela polícia”, informou a instituição.
A Polícia Civil investiga se um mesmo criminoso é responsável pelos três últimos casos de estupro ocorridos na região. Segundo o major Fábio Almeida, comandante da 17ª Companhia da Polícia Militar, em todos os três casos as vítimas, de 14, 17 e 41 anos, foram abordadas por um indivíduo que aparentemente estava a pé, em vias próximas a algum local isolado. “As vítimas relataram que o responsável usou de força física para levá-las a um lugar ermo”, afirma. As mulheres também disseram que se tratava de um homem negro, com mais ou menos 40 anos e cerca de 1,80 metro de altura.
Em nota, a Polícia Civil informou que a delegada Isabella Franca, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, aguarda análise de exames de DNA para verificar a possibilidade de mesma autoria para os casos. Um retrato-falado do suspeito também foi produzido, mas ainda não será divulgado. A delegada não informou quantos casos estão sendo investigados. “Detalhes sobre o caso serão mantidos em sigilo para preservar a identidade das vítimas e possibilitar a identificação e prisão do suspeito”, informou a corporação.
Ainda segundo a Polícia Civil, Minas Gerais participa da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, usada em todo o país, com informações genéticas colhidos de envolvidos em crimes violentos, como homicídio, latrocínio, estupro e sequestro. Um cruzamento de dados será adotado pela investigação para tentar identificar o responsável e descobrir se ele realmente pode ter ligação com mais de um estupro.