Após mulher ser arrastada por assaltantes em BH, moradores criam grupo para se protegerem

Vizinhos da vítima se comunicam pelo aplicativo WhatsApp para denunciar e dar informações sobre pessoas suspeitas. Mais de 300 usuários já foram incluídos

João Henrique do Vale Gustavo Werneck

Grupo criado pelos moradores para alertar sobre pessoas suspeitas - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press


O crime contra a fisioterapeuta Suzana Barcelos, de 32 anos, que foi arrastada por criminosos em uma moto durante um assalto no Bairro São Lucas, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, revoltou e trouxe preocupações a moradores do entorno. Vizinhos da vítima criaram um grupo no aplicativo WhatsApp para denunciar e dar informações sobre pessoas suspeitas.

Mais de 300 pessoas já entraram na comunidade, que também tem presença de policiais militares que atuam na área. Alguns integrantes ouvidos pela reportagem afirmaram que moradores ameaçam até a cercar criminosos para evitar a fuga deles até a chegada da PM.

A ideia de criar um grupo, como já existe em outras regiões da cidade, foi discutida em reunião após o crime contra a fisioterapeuta. O objetivo é facilitar e agilizar a denúncia de pessoas suspeitas que transitam nas proximidades à Polícia Militar.

A comunidade criada recebeu o nome de Solidários da Rio Doce, referente ao nome de uma das ruas do bairro. Mas abrange toda a região.

Os moradores afirmam que roubos são constantes na região, mas que a preocupação dos moradores aumentou depois do crime contra a fisioterapeuta. A jovem foi abordada por dois criminosos em uma moto na última segunda-feira.
Imagens das câmeras de segurança do condomínio onde mora a vítima mostram ela sendo arrastada pela Rua Monte Alegre, no Bairro Serra, Centro-Sul de BH.



Nas imagens é possível ver Suzana andando pelo passeio com uma bolsa às costas e passando em seguida para a rua, onde caminha ao lado dos carros estacionados. Ela seguia até seu carro, que estava parado na esquina da Rua Monte Alegre com a Rua Rio Doce, para trabalhar.

Nesse momento ela é abordada por dois assaltantes em uma moto, que tentam pegar sua mochila. Porém, ela não conseguiu se soltar da alça e acabou arrastada em alta velocidade, passando na frente da câmera que registrou a ação.

O aposentado S. B., de 62 anos, pai da fisioterapeuta, afirma que ela está abalada com o assalto. “Está muito assustada e sob medicamentos. Ainda tem pesadelos com o que aconteceu, segue muito preocupada. Ainda vai ficar em repouso absoluto”, disse. “Desejo que essas pessoas sejam presas e que paguem pelo que fizeram com a minha filha”, declarou.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, mas os criminosos ainda não foram encontrados.

 

(RG) 

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