O Ministério Ministério dos Transportes alega, por meio de nota, que a decisão foi tomada com base na recomendação da área técnica do MTPA. "O estudo apresenta os possíveis impactos com a eventual ampliação da capacidade operacional do Aeroporto de Belo Horizonte, entre eles: perda de conectividade, redução ou eliminação dos voos internacionais em Confins, redução de destinos conectados, aumento dos preços das passagens, diminuição da competição entre empresas aéreas devido à restrição de oferta em Pampulha e perda da qualidade do serviço prestado em Pampulha em relação ao oferecido em Confins (previsto em contrato de concessão)", diz a nota.
Conforme o levantamento, ainda segundo o Ministério, é possível afirmar que os dois aeroportos possuem a mesma área de influência e disputam a mesma demanda, diferente de outras localidades no País. "Atualmente, os três principais aeroportos de São Paulo (Guarulhos, Congonhas e Viracopos) atendem 65,4 milhões de passageiros por ano e o Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont), 43,2 milhões. Nos dois casos, a demanda é respectivamente 6 e 4 vezes maior que a demanda observada na região de Belo Horizonte", conclui.
Em 2 de maio, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou, a liberação de voos de aeronaves de grande porte no Aeroporto da Pampulha. Entre os cinco diretores que participaram da reunião, quatro votaram pela aprovação, incluindo o relator Juliano Alcântara Noman. A sessão, no entanto, foi encerrada por um pedido de vistas feito pelo diretor-presidente José Ricardo Botelho. A Anac informou, também por meio de nota, que "o processo em deliberação na Anac trata da possibilidade técnica do aeroporto receber aeronaves de maior porte e está prevista para votação pela Diretoria em dia 16/05."
A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, considera positiva a decisão de hoje. A decisão "preserva a segurança jurídica do contrato de concessão e garantem a previsibilidade para o desenvolvimento do aeroporto, em Confins". Para a BH Airport, a decisão de manter a atual condição de operação é mais favorável aos passageiros.