A PC informou que ambos os homicídios ocorreram, em situações distintas, na Rua Desembargador Bráulio, no Bairro Alto Vera Cruz. Igor foi morto em frente um bar e André dentro de um ônibus, diante de várias testemunhas. De acordo com a polícia, em ambos os casos, Wendell estaria agindo motivado por vingança, depois de ter sido expulso do bairro por uma gangue que atua na região. Conforme levantamentos, ele chegou a se mudar para o Bairro Taquaril, Leste da capital, mas retornou no fim do ano passado, ameaçando todos do grupo.
Além dos homicídios, o suspeito também é investigado em um latrocínio ocorrido na mesma região, no dia 17 de dezembro, dois dias depois do assassinato de André. O delegado César Matoso, responsável pelo inquérito, ressaltou que as vítimas não tinham envolvimento com o tráfico de drogas, sendo mortas simplesmente porque eram amigos de integrantes da gangue que expulsou Wendell do bairro.
Os crimes
Segundo as investigações, no dia 14 de dezembro de 2016, Wendell teria roubado uma moto, utilizada horas depois no homicídio de Igor. Por volta das 21h, ele chegou ao local dos fatos, desceu da moto e efetuou quatro disparos na cabeça da vítima, que, de bruços no chão, foi atingido mais uma vez. Na confusão, uma pessoa também foi atingida na perna. A Polícia Civil informou que, logo após o crime, o suspeito ainda gritou que mataria todos os inimigos.
No dia seguinte, por volta de 11h, Wendell avistou um desafeto dentro do ônibus. Ele então correu em direção ao veículo, que estava parado para o embarque de passageiros, e atirou contra um dos vidros. O alvo da ação criminosa era um rapaz conhecido como Bigode, que fugiu. Como não conseguiu atingir o rival, Wendell disparou cinco vezes contra a cabeça de André, que era amigo de Bigode.
.