PM apreende animais silvestres e exóticos e desarticula rede de tráfico internacional

Cobras, iguanas, jabutis e ave foram recolhidos em operação conjunta entre as corporações de Minas e São Paulo. Duas pessoas vão responder por crime ambiental

Valquiria Lopes

- Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press


Cinquenta e um animais, entre silvestres da fauna brasileira e exóticos de outros países com restrição de serem importados para o Brasil, foram apreendidos hoje pela Polícia Militar de Meio Ambiente em Minas e em São Paulo. Os agentes chegaram aos bichos depois de monitorar uma rede de tráfico internacional e interestadual que comercializava cobras, iguanas, jabutis e aves.  


De acordo com o tenente Renato Sena Farias, parte dos animais foi recolhida em uma transportadora, em São Paulo, que traria as caixas para BH, e também na casa do remetente, que foi detido. Outros animais forem recolhidos na casa do homem identificado como receptador, que já tinha passagem por crime ambiental.

Foram apreendidos na capital paulista 21 filhotes de jabutis, da espécie jabutipiringa; 14 filhotes de iguanas e seis de tartarugas tigre d'água nativas, sendo despachadas. Já na casa da pessoa que enviava os bichos, a PM recolheu mais dois jabutis adultos e um papagaio.

Em Belo Horizonte, foram encontrados uma iguana, cinco tartarugas, duas serpentes, um simulacro de arma de fogo, além de uma balança de precisão, usada para pesar os animais. Também foram encontrados no local diversos recintos construídos para criação de animais, como aquários e estufas.

O suspeito localizado em São Paulo foi detido pela PM.

Quanto ao destinatário, em BH, foi lavrado um termo circunstancial de ocorrência para que ele se apresente no Juizado Especial Criminal. Os dois vão responder por pelos artigos 22 e 31 da Lei de Crimes Ambientais (9.605).

 

O primeiro trata da venda, transporte ou manutenção em depósito de animais silvestres, enquanto o segundo artigo diz respeito à introdução de espécie exótica na fauna nativa, sem licença de autoridades competentes. As penas são, respectivamente, detenção de seis meses a um ano e multa; e detenção de três meses a um ano e multa.

 

Ambos os crimes são de menor potencial ofensivo. 

"Os animais exóticos apreendidos estão proibidos de serem importados de outros países para o Brasil desde 2009. Como foram encontrados filhotes, constatamos que os suspeitos têm ligação com o tráfico internacional de animais", afirmou o Tenete Sena. Segundo o tenente, os animais foram encaminhados para a sede do Instituto Estadual de Floresta (IEF) para tratamento e destinação adequada.

 

 

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