De acordo com o magistrado, os problemas com o bloqueador já vêm ocorrendo há alguns meses. "Esta não é uma denúncia, é um fato. Temos tido problema com o sistema de bloqueio, mas estamos cientes e as providências estão sendo tomadas", afirma o magistrado. Ele informou que a garantia do bloqueador, comprado em 2014, já venceu, o que dificulta a manutenção. Além disso, o aparelho não teria acompanhado a evolução da tecnologia dos celulares, tornando-se obsoleto.
Para o juiz, o bloqueador ainda resolve, ao menos parcialmente, o problema da penitenciária. "O fato de apreendermos celulares dentro da Nelson Hungia aponta para a falha do sistema. Ainda assim, antes do bloqueador o índice de apreensão de aparelhos era maior que 50 por mês, atualmente são cerca de dez", ressalta.
A Secretaria de Estado Administração Prisional (Seap), por meio de nota, garantiu que está adotando providências para substituir o bloqueador por um novo, com tecnologia mais avançada. "A Seap está em fase final de procedimento para o processo de compra", diz a nota.
Reaproveitamento
O juiz Wagner de Oliveira Cavalieri apontou ainda que, com a troca, o bloqueador que está no Complexo Penitenciário Nelson Hungria deve ser transferido para alguma unidade prisional do interior do estado. "Ainda que algumas peças apresentem defeito, em unidades menores o bloqueador pode ser usado sem falhas, já que o espaço de bloqueio é menor", informou.
A Seap não deu informação sobre o destino do aparelho.
*Sob supervisão da subeditora Ellen Cristie Mendes
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