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Estado de Minas

Com bloqueador estragado, Seap diz que vai providenciar aparelho novo para Nelson Hungria

Juiz da Vara de Execuções Criminais apontou que sistema tem apresentado falhas e que, em alguns pontos da penitenciária, os presos têm conseguido usar celular


postado em 17/05/2017 15:40 / atualizado em 17/05/2017 16:26

(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
O bloqueador de celulares instalado no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte não está funcionando corretamente. Segundo o juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, da Vara de Execuções Criminais da comarca de Contagem, o sistema tem apresentado falhas e, em alguns pontos da penitenciária, os presos têm conseguido usar celular. 

De acordo com o magistrado, os problemas com o bloqueador já vêm ocorrendo há alguns meses. "Esta não é uma denúncia, é um fato. Temos tido problema com o sistema de bloqueio, mas estamos cientes e as providências estão sendo tomadas", afirma o magistrado. Ele informou que a garantia do bloqueador, comprado em 2014, já venceu, o que dificulta a manutenção. Além disso, o aparelho não teria acompanhado a evolução da tecnologia dos celulares, tornando-se obsoleto.

Para o juiz, o bloqueador ainda resolve, ao menos parcialmente, o problema da penitenciária. "O fato de apreendermos celulares dentro da Nelson Hungia aponta para a falha do sistema. Ainda assim, antes do bloqueador o índice de apreensão de aparelhos era maior que 50 por mês, atualmente são cerca de dez", ressalta. 

A Secretaria de Estado Administração Prisional (Seap), por meio de nota, garantiu que está adotando providências para substituir o bloqueador por um novo, com tecnologia mais avançada. "A Seap está em fase final de procedimento para o processo de compra", diz a nota. 

Reaproveitamento


O juiz Wagner de Oliveira Cavalieri apontou ainda que, com a troca, o bloqueador que está no Complexo Penitenciário Nelson Hungria deve ser transferido para alguma unidade prisional do interior do estado. "Ainda que algumas peças apresentem defeito, em unidades menores o bloqueador pode ser usado sem falhas, já que o espaço de bloqueio é menor", informou. 

A Seap não deu informação sobre o destino do aparelho. 
 
*Sob supervisão da subeditora Ellen Cristie Mendes


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