Vacinação contra gripe tem baixa procura pela população em BH

A oito dias do fim da campanha, Secretaria Municipal de Saúde aponta que apenas 56,3% do público prioritário foi imunizado

Valquiria Lopes
Faltam oito dias para a campanha de vacinação contra a influenza acabar, mas, apesar do pouco tempo, ainda é baixa a busca pelas doses nos postos de saúde de Belo Horizonte.
Desde o início da campanha, 460 mil pessoas foram vacinadas, o que corresponde apenas a 56,3% do público prioritário. O índice está abaixo do esperado, uma vez que a meta é vacinar 90% desse público, ou seja, 824 mil pessoas. A cobertura vacinal é ainda mais baixa entre dois grupos do público eleito como prioritário: crianças e professores, que têm taxa de 38% e 31%, respectivamente.

A campanha termina no dia 26 e a Secretaria Municipal de Saúde (SMSa) alerta para o fim da campanha e para que as pessoas procurem pela imunização que está disponível em todos os 152 centros de saúde da capital.

A preocupação com a baixa procura pela vacina faz sentido, já que esta época do ano é o período de maior circulação dos vírus H1N1, H3N2 e influenza B, que podem provocar formas graves da gripe. Em 2017, foram notificados 30 casos de influenza na capital, sendo que 24 do tipo H3N2, o vírus com maior circulação em todo o país. Este ano, foram três óbitos por influenza, todos positivos para H3N2.

A vacina é a principal forma de prevenção, pois diminui a circulação do vírus. Outros cuidados também ajudam a diminuir o risco de transmissão da doença. Para isso, deve-se evitar ambientes fechados com pouca circulação do ar, lavar bem as mãos, e ao tossir, usar o antebraço para tampar a boca.

PÚBLICO PRIORITÁRIO


Devem se vacinar as pessoas que fazem parte do público prioritário preconizado pelo Ministério da Saúde (MS).
A lista inclui idosos acima de 65 anos, crianças de seis meses a 5 anos de idade, gestantes, puérperas – mulheres com até 45 dias após o parto –, profissionais da área da saúde, do sistema prisional e professores, população privada de liberdade, indígenas e portadores de doenças crônicas. Destes grupos, crianças e professores são os que estão com a procura mais baixa – 38% e 31%, respectivamente.
 
RB
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