Em 2016, no primeiro quadrimestre foram 1.172 casos de queimadas, contra 1.685 atendidas em 2017. Os municípios que mais apresentaram queimadas foram Varginha, no Sul de Minas, Divinópolis, na Região Oeste, e Juiz de Fora, na Zona da Mata, seguidas por cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O major Anderson Passos, comandante do Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros, atenta para os perigos dos incêndios em lotes vagos. "As queimadas podem atingir a rede elétrica, carros e casas, além de prejudicar, de modo geral, a comunidade e o meio ambiente".
Além disso, o major ressalta que a grande maioria dos incêndios em vegetação são causados pela ação humana, pela falta de conhecimento e pela prática de hábitos desnecessários, como a queima do lixo para limpar a propriedade. "Os cuidados para a diminuição desses incêndios passam pela conscientização da importância de manter os lotes limpos, de não jogar lixo nesses e, principalmente, bituca de cigarros, garrafas de vidros e lixo químico nos terrenos", reforça.
A prática de incêndio é crime de acordo com o artigo 250 do Código Penal, pena de reclusão, de três a seis anos, e multa. Ainda, se o incêndio for praticado em lavoura, pastagem, mata ou floresta há o aumento de um terço na pena. Ainda, se o incêndio for criminoso, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos.
2017
Os dados apontam que 2017 apresenta crescimento nos casos de incêndio em lotes vagos também na comparação entre janeiro e abril: foram 185 ocorrências no primeiro mês do ano, contra 438 em abril, o que representa um aumento de 200% no número de ocorrências atendidas no Estado. Com a chegada do tempo seco, a tendência é que essa situação piore bastante.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, já foram realizadas quase 4 mil vistorias em lotes vagos, com o objetivo de prevenir futuros incêndios. Durante as visitas, os moradores recebem orientação em relação à conservação dos lotes e o perigo do incêndio se alastrar para outras áreas.
*Sob supervisão da subeditora Ellen Cristie