A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) confirmou ontem a morte de um paciente por febre amarela, no Bairro Belvedere, Centro-Sul da cidade. Esse seria o segundo caso de óbito pela doença na Grande BH, já que em seu último balanço, no mês passado, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) confirmou que uma pessoa faleceu em Esmeraldas pelo mesmo motivo.
Ainda segundo o último balanço da SES, em 26 de abril o estado somava 151 óbitos pela febre, e outros 24 eram investigados. O total de casos confirmados da doença era de 427, em 62 municípios mineiros. A morte do paciente no Belvedere foi atestada na semana passada, apontando a doença como causa. O homem de 79 anos foi contaminado fora do estado, durante viagem para local considerado de risco, e retornou à capital mineira com os sintomas.
Nesta terça-feira, agentes de combate a endemias (ACEs) da Regional Centro-Sul da prefeitura farão uma ação de bloqueio contra o mosquito Aedes aegypti, que pode transmitir a doença em ambiente urbano. Os alvos são cerca de 130 imóveis de 12 quarteirões do Bairro Belvedere.
Os moradores da área estão sendo mobilizados com a distribuição de panfletos contendo as orientações sobre os cuidados a serem adotados.
De acordo com a SMSA, até ontem não havia registro de caso de febre amarela contraída no município de Belo Horizonte. A secretaria informou, por meio de nota, que anualmente realiza a vigilância epidemiológica dos casos da doença registrados na capital.
Havendo notificação de caso suspeito, as equipes de zoonoses atuam de forma preventiva, com ações de bloqueio de transmissão. Entre as medidas está a aplicação de produto químico por meio de borrifação com Ultra Baixo Volume (UBV), que tem o objetivo de eliminar o mosquito em sua fase adulta.
Ainda de acordo com o órgão, a cobertura vacinal contra febre amarela na cidade chega a quase 100%, considerando uma dose por pessoa, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde. A imunização é a principal forma de prevenção contra a doença e está disponível durante todo o ano nos centros de saúde da capital e no Serviço de Atenção ao Viajante, local em que a vacina é aplicada aqueles que estão com o cartão desatualizado e necessitam do certificado internacional de vacinação.
Os primeiros casos de febre amarela em Minas Gerais foram notificados em janeiro de 2017 pelos municípios de Teófilo Otoni, Manhumirim, Governador Valadares e Coronel Fabriciano. Equipe da SES-MG foi enviada ao local e foi emitido um alerta recomendando a vacinação como a principal ação nas áreas com registros de casos ou de mortes de macacos.
(RG)
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