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Estado de Minas

Roubos e homicídios caem nos primeiros quatro meses de 2017, mas estupros de vulneráveis seguem em alta em MG

Dados divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Segurança fazem comparativos do número de registro de crimes violentos nos primeiros quatro meses de 2017 e 2016


23/05/2017 17:19 - atualizado 23/05/2017 23:20

Os roubos, apontados como o maior desafio da segurança pública em Minas Gerais, apresentaram redução nos quatro primeiros meses deste ano em comparação com 2016. Foram 42.597 ocorrências no primeiro quadrimestre de 2017, média de 354,9 ataques diários, contra total de 44.652 assaltos em igual período do ano passado, o que representa uma queda de 4,6%. Nos últimos seis anos, essa modalidade de crime vinha crescendo anualmente, conforme os dados divulgados no fim da tarde desta terça-feira pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MG).

Situação semelhante foi registrada em Belo Horizonte. De janeiro a abril, foram 14.497 casos de roubo, contra 16.825 em igual período de 2016, queda de 13,84%. De um modo geral, os números deste ano de crimes considerados violentos apresentaram redução no comparativo com o ano anterior. O único crime que registrou alta no estado e na capital mineira foi de estupro contra  vulneráveis – menores de 14 anos e pessoas com deficiência mental.

Para a Prefeitura de Belo Horizonte, a queda da criminalidade na cidade é um reflexo do papel assumido pela Guarda Municipal como força de segurança estratégica e voltada para a prevenção. É o que afirma o secretário de Segurança Urbana e Patrimonial, Claudio Beato. “Esse resultado, que há muito tempo não é constatado em Belo Horizonte, é fruto de uma parceria da Polícia Militar, que tem feito um policiamento ostensivo, e da Guarda Municipal, que tem feito patrulhamento em áreas com maior incidência de crimes na cidade”.

Dos 12 crimes violentos acompanhados mensalmente pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, constatou-se redução em 11 deles no estado, como o homicídio consumado e tentado, lesão corporal, roubo e sequestro e cárcere privado, entre outros. Apenas o estupro consumado de vulnerável apresenta aumento no período. Na capital, a queda foi observada em nove modalidades criminosas.

Em Minas, o total de 780 estupros de vulnerável nos primeiros quatro meses de 2016 subiu para 892 ocorrências do tipo este ano, aumento de 14,36%. Em Belo Horizonte, o número saltou de 100 para 103 ataques a vulnerável, elevação de 3%. Ainda na capital, os casos de lesões corporais subiram de 1.622 no ano passado para 1.755, agora em 2017, aumento de 8,2%.

De acordo com a estatística do Observatório de Segurança Pública Cidadã, divulgada pela Sesp-MG, os casos de homicídios no estado seguem em queda. No primeiro quadrimestre, foram assassinadas 1.417 pessoas, média de quase 12 por dia, contra 1.480 no ano anterior, queda de 4,2%. Em BH, foram 180 homicídios no período, três a cada dois dias. Em 2016, somaram 233 vítimas, redução de 22,7% do número de mortos. Ainda, segundo o estudo, em 73% das cidades mineiras não houve assassinatos.

Os números de produtividade policial do primeiro quadrimestre deste ano apontam que 114.581 pessoas foram conduzidas, 8.137 armas apreendidas e 20.928 registros de ocorrências solucionadas pelas forças de segurança com apreensão de drogas. Os dados estatísticos levam em conta a integração das polícias Militar e Civil.

RB


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