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Estado de Minas

Moradores de condomínios de Nova Lima denunciam transporte irregular de minério

Lideranças debatem em reunião forma de obrigar mineradora da região a cumprir decisão judicial que impede tráfego de caminhões na rodovia MG-30, na Grande BH


postado em 23/05/2017 20:55 / atualizado em 23/05/2017 23:28

Lideranças comunitárias se reuniram para discutir estratégias contra irregularidade(foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)
Lideranças comunitárias se reuniram para discutir estratégias contra irregularidade (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)

Lideranças comunitárias de condomínios da região de Nova Lima, na Região Metropolitana de BH, estão reunidos na noite desta terça-feira para discutir a questão do tráfego de carretas de minério na Rodovia MG-30.

O encontro promovido pelo movimento Vigilantes da MG-30 visa à discussão de medidas que obriguem uma mineradora da região a cumprir acordo judicial de não usar a rodovia para escoamento de minério fino em carretas.

Na sexta-feira, um acidente no começo da noite provocou engavetamento entre 10 veículos, dos quais duas carretas de minério e oito carros. Um deles ficou totalmente destruído, e a motorista escapou ilesa por sorte.

Desde 2015 a mineradora que explora a Mina Corumi passou a transportar minério pela MG-30, embora acordo de licenciamento ambiental previsse rota de transporte diferenciado.

Em 2016, moradores da região conseguiram liminar impedindo esse tipo de tráfego na rodovia. Neste mês decisão de mérito em ação movida pelo Ministério Público estadual suspende qualquer transporte do tipo na MG-30.

Na reunião que ocorre na Associação do Condomínio Nascentes, representantes de vários residenciais de Nova Lima discutem medidas para que a decisão judicial seja acatada pela empresa.

Moradores temem acidentes, como o do carro prensado por carreta, na semana passada(foto: Francisco Lima)
Moradores temem acidentes, como o do carro prensado por carreta, na semana passada (foto: Francisco Lima)

Há possibilidade de protesto na rodovia, com o fechamento de vias, para chamar atenção das autoridades, uma vez que mesmo com ordem judicial carretas são vistas trafegando na estrada, principalmente no horário da madrugada.

Walmir Braga, presidente da Associação Geral do Vale dos Cristais, explica que na decisão da desembargadora Teresa Cristina da Cunha Peixoto fica destacado que a MG-30 é uma via de trânsito com características urbanas, que não suporta tráfego de carretas de minério, vazias ou carregadas.

Lideranças comunitárias que participam da reunião esperam que autoridades fiscalizem o início imediato do cumprimento da ordem judicial. A mobilização na comunidade tem amparo do Ministério Público, que reconhece a irregularidade da mineradora.

Segundo o MP, em fevereiro de 2011, durante o processo de licenciamento, a empresa fez acordo para que todo o transporte fosse realizado por meio de estrada alternativa em direção à BR-040, o que foi cumprido até 2015.


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