A Polícia Civil em Formiga, Centro-Oeste de Minas Gerais, apurou que pastor mentiu sobre ter sido alvo de um sequestro. Depois de cinco dias desaparecido, o religioso contou aos policiais que tinha sido levado por bandidos que o mantiveram como refém. Mas as apurações apontaram que o sumiço foi espontâneo. Na ocasião, parentes e fiéis chegaram a fazer uma passeata nas ruas da cidade, para pedir empenho nas investigações.
De acordo com o delegado Elmer Júnior, que comandou as apurações, no último dia 5 foi registrado pela mulher do pastor seu desaparecimento, na cidade de Japaraíba, já que ele não havia retornado para casa, depois de deixar seu trabalho em Formiga.
No dia 10, o pastor foi encontrado em uma agência bancária na cidade de Divinópolis, na mesma região, por outro pastor, seu amigo. Daí, ao se dizer vítima de sequestro, praticado por cinco homens que o rendeu no trevo da cidade de Arcos, foi realizado mais um boletim de ocorrência.
O homem contou detalhes sobre o suposto sequestro aos policiais civis, mas durante as apurações, foram constatadas contradições. Os investigadores fizeram todo o trajeto que o pastor contou ter sido percorrido pelos sequestradores e concluíram que a versão não era verdadeira.
O religioso então admitiu que não houve sequestro, mas que apenas sumiu pois estava “estressado demais e com muitas responsabilidades” e seguiu para Divinópolis, onde ficou estacionado em algumas ruas e dormiu no interior do carro. Ele ainda narrou que foi ao banco para pegar dinheiro a fim de colocar gasolina em seu carro, para retornar a sua casa, quando então encontrou seu amigo. Ele agora pode responder por falso comunicado de crime.