Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel), entre o segundo semestre de 2016 e o início deste ano, mais de 40 casos de ameaças, assaltos e roubos nas unidades de saúde foram registrados. Mesmo com o assunto sendo abordado em diversas reuniões, o presidente da Sindibel, Israel Arimar, aponta que não há sinalização de solução a curto prazo.
"Em 2015, a maioria das ocorrências se tratavam de conflitos por atendimento como, por exemplo, falta de remédio. Agora, um excesso de roubo a carros de profissionais de saúde, de arrombamentos e até de assalto a mão armada em horário de trabalho estão assustando servidores e pacientes", afirma o presidente.
Ainda segundo ele, a situação piorou depois da retirada dos porteiros no ano passado. Em 2016, centenas de profissionais foram demitidos. De acordo com o presidente do sindicato, a justificativa da PBH para os cortes é a falta de recursos, mas ele questiona que os demitidos recebem os menores salários.
Na ocasião, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) confirmou as demissões em decorrência de um déficit mensal de R$ 8 milhões e que, neste sentido, as medidas adotadas foram a desativação progressiva do serviço “posso ajudar" e a redução do número de porteiros nas unidades de saúde.
"Além do mais, os Centros de Saúde não têm câmeras de vigilância e os Guardas Municipais não estão mais presentes. Isso aumenta a insegurança", concluiu o presidente. Conforme o sindicato, não há um número oficial, mas a expectativa é de que a adesão seja total.
No mesmo momento do ato, estará ocorrendo no prédio da Secretaria a Plenária Ordinária do Conselho Municipal de Saúde com o mesmo tema em pauta e com a presença do Secretário de Saúde Jackson Machado. .