De acordo com as investigações iniciadas em outubro de 2016 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Montes Claros, foram aplicadas fraudes em agências bancárias localizadas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. Já foram apurados desvios de pelo menos R$ 500 mil e ainda não foi divulgado o número de pessoas lesadas.
Segundo o MPMG, a organização criminosa invadia virtualmente as contas correntes das vítimas pelos sistemas informatizados de internet banking de pessoas jurídicas e físicas e destinava os valores para outras contas vinculadas a cúmplices previamente cooptados. Entretanto, a maior parte do dinheiro era entregue, em espécie, aos líderes da organização criminosa, de acordo com os promotores de Justiça Flávio Márcio Lopes Pinheiro e Guilherme Roedel Fernandez Silva.
Não foram divulgadas as instituições financeiras que tiveram contas de clientes fraudadas, mas a reportagem apurou que uma delas é o Banco Santander. O Ministério Público solicitou o bloqueio dos valores das contas dos líderes da quadrilha, tendo como objetivo o ressarcimento das vítimas.
Por meio de nota divulgada pelo MPMG, o Gaeco solicita que eventuais clientes lesados por ações desta natureza, ainda que ressarcidos pela instituição financeira, procurem a promotoria de Justiça local para o devido registro da ocorrência, "o que permitirá o aprofundamento das investigações e a apuração das responsabilidades", diz a nota..