Morador de Cachoeira do Campo e autor de livros sobre Ouro Preto, Alex Bohrer, professor de história da arte e iconografia do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), destaca que o Casarão da Praça, como é conhecido pelos moradores, é o único que restou no distrito.
Para Bohrer, as autoridades poderiam reservar um espaço, no prédio, para atividades culturais e preservação da memória. Ele destaca a relevância da história de Cachoeira do Campo no cenário nacional. Afinal, foi dentro da Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, ainda em construção em 1708, que o português Manuel Nunes Viana (1670-1738) se sagrou, por aclamação popular, primeiro governador das Gerais. Eram tempos da Guerra dos Emboabas e Cachoeira do Campo foi campo da batalha mais sangrenta na disputa pelo ouro. Já em 1720, foi a vez da Sedição de Vila Rica, que teve como expoente Felipe dos Santos (1680-1720), que hoje dá nome à praça principal.
Conforme pesquisas, Cachoeira do Campo começou em 1700 e 1701, quando uma grande fome se abateu sobre os moradores da região das minas, os quais debandaram à procura de alimentos. Pela fertilidade do solo e amenidade do clima, o povoado se tornou, então, um dos centros de produção agrícola das minas de ouro recém-descobertas. O lugarejo atraiu agricultores, fazendeiros, senhores de terra e comerciantes.
ENQUANTO ISSO...
...Promessa de verba ara teatro de SabaráO diretor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, Robson Almeida, a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas, Célia Corsino, e a arquiteta Lívia Fortini fizeram uma visita técnica, na manhã de ontem, ao Teatro Municipal de Sabará, na Região Metropolitana. Em nota, a prefeitura local informou que o prefeito Wander Borges questionou Almeida sobre o atraso dos repasses por parte do governo federal para a obra, “uma vez que há duas medições que ainda não foram pagas”, tendo como resposta que “apesar dos contratempos, os recursos para conclusão estão assegurados”.
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