Morador de Cachoeira do Campo e autor de livros sobre Ouro Preto, Alex Bohrer, professor de história da arte e iconografia do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), destaca que o Casarão da Praça, como é conhecido pelos moradores, é o único que restou no distrito. “A comunidade se mobilizou muito para a compra do prédio pela prefeitura, e sempre existe muita esperança de que ele seja restaurado”, afirma o autor de Ouro Preto: Um novo olhar (2011) e da obra lançada recentemente sobre as igrejas e capelas dos 12 distritos do município.
Conforme pesquisas, Cachoeira do Campo começou em 1700 e 1701, quando uma grande fome se abateu sobre os moradores da região das minas, os quais debandaram à procura de alimentos. Pela fertilidade do solo e amenidade do clima, o povoado se tornou, então, um dos centros de produção agrícola das minas de ouro recém-descobertas. O lugarejo atraiu agricultores, fazendeiros, senhores de terra e comerciantes. Começaram, a partir de então, construções pioneiras, entre elas, a ermida no local onde hoje se encontra a Matriz de Nossa Senhora de Nazaré.
ENQUANTO ISSO...
...Promessa de verba ara teatro de SabaráO diretor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, Robson Almeida, a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas, Célia Corsino, e a arquiteta Lívia Fortini fizeram uma visita técnica, na manhã de ontem, ao Teatro Municipal de Sabará, na Região Metropolitana. Em nota, a prefeitura local informou que o prefeito Wander Borges questionou Almeida sobre o atraso dos repasses por parte do governo federal para a obra, “uma vez que há duas medições que ainda não foram pagas”, tendo como resposta que “apesar dos contratempos, os recursos para conclusão estão assegurados”.