Manobra mal sucedida causou acidente de parapente que matou empresário

Segundo presidente do clube de Voo Livre de BH, movimento chamado de 'wing over' foi feito a baixa altitude, quando o certo é ter mais elevação

Estado de Minas

Acidente ocorreu por volta das 9h40. O parapente caiu no meio da vegetação - Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Uma fatalidade que acabou com um hobby de um experiente piloto. Ontem de manhã, o empresário Renato de Andrade Mangualde Filho, de 38 anos, não resistiu aos ferimentos após cair com o parapente na Serra da Moeda, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo testemunhas, a vítima saltou da pista de voo ao lado do restaurante Topo do Mundo, mas perdeu a altitude depois de realizar uma manobra, conhecida como wing over, e caiu no meio da vegetação do local.

O acidente aconteceu por volta das 9h40. De acordo com os militares do Corpo de Bombeiros, que atenderam a ocorrência, o óbito foi constatado no local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Duas viaturas dos bombeiros, além do helicóptero Arcanjo, foram usadas no resgate. O local fica às margens da BR-040, que dá acesso ao Rio de Janeiro.



Uma faxineira que trabalha no restaurante, e pediu para não ser identificada, contou que estava no deque do estabelecimento quando ocorreu o acidente. “Vi o parapente perdendo o controle e meio que fechando as asas”, disse, explicando em seguida que achava que era uma manobra e achava que o piloto se recuperaria logo. Ela afirmou ainda que está acostumada a ver pilotos saltando na área e que teria se distraído.

A funcionária revelou também que a vegetação onde Renato caiu é bem próxima à BR-040.
“Passou perto da BR. Poderia, inclusive, ter sido atingido por um carro na rodovia.”

O empresário voava de parapente desde 2009 e tinha experiência em manobras como a que tentou realizar, o wing over. Quem atestou isso foi o presidente do clube de Voo Livre de Belo Horizonte, Hércules Figueiredo. O problema de Renato, de acordo com o Hércules, foi se arriscar a fazer a manobra em baixa altura – cerca de 20 metros do solo –, quando o certo é ter mais elevação.

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