Após dois anos de trabalho investigativo, a Polícia Civil (PC) desvendou as circunstâncias da morte de Braulio Gomes Barbosa, de 23 anos. O rapaz, assassinado em 7 de julho de 2015, no Bairro Paulo VI, Região Nordeste da capital, era surdo-mudo e portador de deficiência mental. Cinco integrantes de uma gangue foram presos e apresentados pela PC na manhã desta quinta.
Segundo o delegado Emerson Morais, que coordenou o inquérito policial, a vítima teria sido morta em razão de um desentendimento com Victor, um dos suspeitos, por conta de uma brincadeira. Ele teria se irritado com o fato de Braulio ter cortado a linha de sua pipa e foi tirar satisfação. A discussão evoluiu para a agressão física.
Relembre o caso
A Polícia Civil acredita que o crime tenha sido planejado. Após a briga, Victor procurou pelo comparsa Vitor Cândido, conhecido como Zeca, que, de acordo com a PC, é o chefe do tráfico de drogas na região. Victor teria pedido autorização para matar o desafeto. Zeca autorizou o crime e ordenou que Fernando, outro suspeito, fornecesse as armas utilizadas na ação.
Conforme a corporação, no dia do crime Rafael ficou designado para fazer uso de drogas com a vítima, a fim de tornar sua reação mais difícil, assim como para vigiar seus passos. Teria sido ele quem informou a localização da vítima a Victor e a Mateus, o quinto suspeito preso, apontados executores do homicídio. Braulio foi morto com diversos disparos de arma de fogo.
O inquérito sobre a morte de Braulio foi relatado e encaminhado à justiça. Os suspeitos, que já possuem registros por crimes como tráfico de drogas, homicídios tentados e consumados, roubos e porte de arma, também estão sendo investigados em outros quatro crimes ocorridos na região.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie