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Estado de Minas

Prefeitura de BH anuncia socorro emergencial de R$ 4 milhões à Santa Casa

Hospital também recebeu a notícia de aporte financeiro do Ministério da Saúde que pode ajudar a equilibrar as contas e diminuir a crise na unidade, que já fechou 400 dos 1 mil leitos


postado em 05/06/2017 13:01 / atualizado em 05/06/2017 13:17

Kalil anunciou o recurso junto com o deputado Fábio Ramalho (esquerda), o provedor da Santa CAsa Saulo Coelho (direita) e o secretário de Saúde, Jackson Machado(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Kalil anunciou o recurso junto com o deputado Fábio Ramalho (esquerda), o provedor da Santa CAsa Saulo Coelho (direita) e o secretário de Saúde, Jackson Machado (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
A Santa Casa de Belo Horizonte vai receber R$ 4 milhões da Prefeitura de Belo Horizonte, em caráter emergencial, para sanar parte dos problemas trazidos pela crise financeira que assola o hospital e obrigou a unidade a fechar 400 dos 1.086 leitos.

O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS), que esteve acompanhado do secretário de Saúde de BH, Jackson Machado Pinto, e do provedor da Santa Casa, Saulo Coelho, além do deputado federal Fábio Ramalho (PMDB).

O dinheiro será dividido em quatro parcelas de R$ 1 milhão e a Prefeitura de BH terá que economizar para garantir a verba, segundo Kalil. “É um dinheiro do recurso do tesouro e um sacrifício muito grande para a PBH, mas afinal de contas alguém tem que se mexer. Não é a primeira vez que a prefeitura faz isso e também não é o primeiro hospital, mas eu acho que está na hora desse pessoal começar a olhar para esse povo, porque parece que não aprenderam a lição”, afirma.

O prefeito tratou o assunto com duras críticas ao poder público em geral, dizendo que a falta de investimentos com o SUS cria um cenário de quase “genocídio na saúde do país”.

Além do anúncio da PBH, a Santa Casa também levou a público duas portarias publicadas hoje no Diário Oficial da União (DOU) em que o Ministério da Saúde anuncia mais dois aportes financeiros à unidade. O primeiro, regido pela Portaria 1.390, é de R$ 2.394 milhões por ano, que será dividido em parcelas mensais para tratamento de câncer. Na prática, os gestores informaram que o aporte será usado na aquisição de um aparelho de radioterapia.

O segundo investimento está previsto na Portaria 1.391 e estipula R$ 12 milhões por ano para o reativamente de leitos da Santa Casa, dividido em parcelas mensais. As duas portarias teriam sido viabilizadas a partir de articulações comandadas pelo deputado federal Fábio Ramalho (PMDB). Nesse caso, serão mais R$ 2 milhões a mais por mês para as contas gerais do hospital, sendo R$ 1 milhão da PBH anunciado pelo prefeito e R$ 1 milhão do Ministério da Saúde.

O provedor da Santa Casa, Saulo Coelho, disse que essa situação permite trabalhar sem fechar mais leitos, mas não foi preciso com relação à retomada dos 400 que estão fechados. Ele afirma que o déficit mensal do hospital gira na ordem de R$ 4 milhões todos os meses. “A primeira providência é chamar os credores de remédio para negociar e eles continuarem a fornecer, o problema não é só aumentar leitos, mas manter os 600 leitos funcionando à medida que os recursos forem entrando, o que é uma novidade, já que tem bastante tempo que não temos recursos suplementares”, completa.

Jackson Machado Pinto, que é secretário de Saúde de BH, destacou que até o fim do ano espera ter perto de 1 mil novos leitos somando novas aberturas com reaberturas na capital mineira. Para isso, ele conta com os 400 da Santa Casa, além de 451 do Hospital do Barreiro, que já foi acordado com o ministro da Saúde, e outros 63 somando os hospitais Risoleta Neves e da Faculdade de Ciências Médicas. 


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