O policial militar Ronildo da Silva, que matou o empreiteiro Anderson Cardoso Ignácio, de 48 anos, na última sexta-feira, na Avenida Tereza Cristina, no Bairro Calafate, Região Oeste de BH, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Testemunhas apontaram que o primeiro-sargento atirou contra a vítima durante uma briga de trânsito. Porém, o policial alegou ter atirado por suspeitar se tratar de um assalto.
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Testemunhas rebatem PM e dizem que crime na Tereza Cristina ocorreu após briga de trânsitoPM desconfia de assalto e mata motorista na Avenida Tereza Cristina PM de BH acusado de matar homem em briga de trânsito pega 12 anos de prisãoAtlas mostra quais são as cidades mais violentas de Minas GeraisCasal é condenado a 10 anos de prisão por sequestrar e matar fazendeiroCabo da PM é preso suspeito de envolvimento em homicídio e tráfico de drogasDe acordo com o processo, os dois veículos pararam no semáforo. O policial desceu do carro, foi até o outro automóvel e atirou no homem. O militar estava de folga no dia e usou uma pistola calibre 765, particular. Em seguida, ele deixou o local do crime e se apresentou em um batalhão da PM. Anderson Cardoso Ignácio foi atingido na região do tórax, perto do pescoço.
Ao analisar o caso, o juiz Pedro Camara Raposo Lopes decidiu converter a prisão em flagrante para preventiva. “Cuida-se aparentemente de uma reação desproporcional a uma infração de trânsito por parte de agente da lei, fora de suas atribuições e portando arma da corporação. A vítima aparentemente não teve condições de reação, o que demonstra destemor e desrespeito às leis que jurou cumprir”, afirmou o magistrado.
“Incidentes como este vêm ocorrendo diuturnamente e cumpre aos agentes públicos comportamento exemplar a fim de contribuir para o término dessa barbárie que virou a circulação viária. Ao autor dos fatos, policial militar experiente e já nos estertores de sua vida funcional, acompanhado de sua esposa, cumpriria redobrada cautela. A periculosidade concreta não me leva a outra decisão que não seja a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva”, completou o juiz.
Outro homicídio
O policial militar já teve uma condenação por homicídio. Segundo a PM, o crime aconteceu na década de 90, no Sul de Minas Gerais. Ele cumpriu pena e ficou dois anos em regime de reclusão. O militar ficou preso em regime fechado entre os anos 1998 e 2000.
(RG)