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Estado de Minas

Justiça decreta prisão preventiva de PM que matou motorista em BH

Crime aconteceu na última sexta-feira na Avenida Tereza Cristina, no Bairro Calafate, Região Oeste de BH. O policial já cumpriu pena por outro homicídio


05/06/2017 14:40 - atualizado 05/06/2017 21:20

 

Anderson Cardoso Inácio foi morto ao passar pela avenida(foto: Ivan Drummond/EM DA Press )
Anderson Cardoso Inácio foi morto ao passar pela avenida (foto: Ivan Drummond/EM DA Press )

O policial militar Ronildo da Silva, que matou o empreiteiro Anderson Cardoso Ignácio, de 48 anos, na última sexta-feira, na Avenida Tereza Cristina, no Bairro Calafate, Região Oeste de BH, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Testemunhas apontaram que o primeiro-sargento atirou contra a vítima durante uma briga de trânsito. Porém, o policial alegou ter atirado por suspeitar se tratar de um assalto.

No dia do crime, duas versões surgiram para o fato. Testemunhas contaram à Polícia Miltiar (PM) que o policial seguia pela Avenida Tereza Cristina em um Polo quando foi fechado pela Ford Ranger conduzida por Anderson. A vítima estava junto com um funcionário e voltava do veterinário, onde havia ido buscar um animal de estimação.

De acordo com o processo, os dois veículos pararam no semáforo. O policial desceu do carro, foi até o outro automóvel e atirou no homem. O militar estava de folga no dia e usou uma pistola calibre 765, particular. Em seguida, ele deixou o local do crime e se apresentou em um batalhão da PM. Anderson Cardoso Ignácio foi atingido na região do tórax, perto do pescoço.

Ao analisar o caso, o juiz Pedro Camara Raposo Lopes decidiu converter a prisão em flagrante para preventiva. “Cuida-se aparentemente de uma reação desproporcional a uma infração de trânsito por parte de agente da lei, fora de suas atribuições e portando arma da corporação. A vítima aparentemente não teve condições de reação, o que demonstra destemor e desrespeito às leis que jurou cumprir”, afirmou o magistrado.

“Incidentes como este vêm ocorrendo diuturnamente e cumpre aos agentes públicos comportamento exemplar a fim de contribuir para o término dessa barbárie que virou a circulação viária. Ao autor dos fatos, policial militar experiente e já nos estertores de sua vida funcional, acompanhado de sua esposa, cumpriria redobrada cautela. A periculosidade concreta não me leva a outra decisão que não seja a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva”, completou o juiz.

Outro homicídio

O policial militar já teve uma condenação por homicídio. Segundo a PM, o crime aconteceu na década de 90, no Sul de Minas Gerais. Ele cumpriu pena e ficou dois anos em regime de reclusão. O militar ficou preso em regime fechado entre os anos 1998 e 2000.

 

(RG) 


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