Policial civil, advogado e jornalista são alguns dos personagens assumidos por Elvis da Silva Pereira, de 27 anos, com intuito de aplicar golpes em Belo Horizonte. O suspeito de vários estelionatos, falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e estupro foi apresentado pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira.
Segundo os investigadores, Elvis da Silva Pereira criou o Convênio de Profissionais Liberais do Estado de Minas Gerais (Ceplemg), que prometia serviços de medicina, odontologia e reboque a um preço acessível, mas a demanda dos clientes nunca era executada. Ainda de acrodo com a Polícia Civil, o suspeito chegou a falsificar decisões judiciais e se apresentar como repórter investigativo federal, oferecendo aos clientes quebra de sigilo de sites e aplicativos de relacionamento, como o Facebook e WhatsApp.
Segundo os investigadores, Elvis da Silva Pereira criou o Convênio de Profissionais Liberais do Estado de Minas Gerais (Ceplemg), que prometia serviços de medicina, odontologia e reboque a um preço acessível, mas a demanda dos clientes nunca era executada. Ainda de acrodo com a Polícia Civil, o suspeito chegou a falsificar decisões judiciais e se apresentar como repórter investigativo federal, oferecendo aos clientes quebra de sigilo de sites e aplicativos de relacionamento, como o Facebook e WhatsApp.
Elvis foi preso pela Polícia Civil no último sábado e a sede do Ceplemg foi fechada no mesmo dia. Além do mandado de prisão, a polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão na sede do convênio e na residência do acusado. No Ceplemg foram recolhidos diversos documentos e dois computadores e, na casa, um veículo Renault Megane.
As investigações que culminaram com a prisão de Elvis da Silva Pereira tiveram início em janeiro, após uma denúncia de estupro. Segundo o delegado Rodrigo Baptista Damiano, responsável pelo caso, Elvis se apresentou para um homem como repórter investigativo federal e foi contratato para, por meio da quebra de sigilo de sites e aplicativos, vigiar a namorada da vítima.
"Como não obteve o atendimento que desejava, o homem foi até o escritório do Ceplemg para reclamar. Lá o suspeito afirmou ser um policial civil, dizendo que do lado de fora estavam mais dois policiais. Neste momento, ele obrigou a vítima a praticar ato libidinoso com ele, sob ameaça de espacamento dos supostos civis", revelou o delegado.
Depois do ocorrido, Elvis teria dito que havia filmado tudo e divulgaria as imagens, caso fosse denunciado. "A vítima chegou a pensar em tirar a própria vida, mas procurou a Polícia Civil. A partir daí, começamos a investigar o suspeito e a entidade", completou Rodrigo.
Golpe
Conforme as investigações, o Ceplemg teria sido responsável por lesar inúmeras pessoas, vendendo a promessa de uma associação que garantiria ao sócio acesso a serviços de medicina, odontologia, reboque e advocacia. As mensalidades variavam de R$75 a R$600. "O convênio oferecia uma gama enorme de serviços por um preço barato, atendendo principalmente a uma população de baixa renda, que muitas vezes não consegue ter um plano de saúde e, pelas faciliaddes, se sentia atraída para se associar", afirmou Rodrigo.
A polícia ainda destacou que o contrato assinado pelas vítimas tinha uma cláusula que deixava em aberto a prestação dos serviços. "De acordo com o contrato, mesmo que as pessoas estivessem com o pagamento em dia, todo o pedido de serviço ficava sujeito a uma análise técnica que era feita pelo próprio suspeito. Nessa análise, ele inventava as desculpas mais estapafúrdias para reprovar o serviço requisitado", apontou o delegado.
Alerta
O delegado Marcelo Cali, da Regional Centro, faz um alerta para outras vítimas que identificarem o suspeito façam ocorrência. "Considerando que outras pessoas podem ter sido lesadas, é extremamente importante que as vítimas desse suspeito procurem a delegacia mais próxima ou a própria 4ª Delegacia de Polícia Civil, no Centro, para fazer o registro da ocorrência", disse.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais