O evento conta com a participação de ambientalistas, moradores do Bairro Mangabeiras e demais simpatizantes da causa. A programação, que começa às 9h, inclui série de atividades na Praça do Papa. O grupo fez um abraço simbólico, terminando o ato por volta do meio dia.
Entre as atividades previstas estão depoimentos de pessoas ligadas a movimentos ambientais, palestras, shows, praça de lazer para as crianças, feira de adoção de animais, cinema ecológico, atividades voltadas para a saúde e lazer, como alongamentos, tai chi chuan e ioga, pintura da bandeira em defesa da Serra do Curral, culto ecumênico e o abraço.
O evento ocorre em meio à discussão sobre a instalação de um hospital de tratamento de câncer no Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, alvo de críticas por parte de moradores do bairro. O funcionamento foi liberado recentemente pela Justiça Federal no prédio do antigo Instituto dos Olhos Hilton Rocha. A Associação dos Moradores do Mangabeiras aposta em outra ação, movida no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), para tentar barrar as obras.
O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Rodrigo Bredan, afirma que o movimento começou para mostrar os impactos ambientais que seriam causados pelas obras no antigo Instituto dos Olhos Hilton Rocha. "A intenção não é apenas reformar, mas ampliar a área. O projeto prevê que o espaço passe de 107 metros de comprimento para 270. A área atual é de 19 mil metros construídos e a proposta amplia para 39 mil metros", disse.
Ainda segundo Rodrigo, "não é uma briga dos moradores do bairro, mas de interesse da cidade. A Serra do Curral é um símbolo paisagístico." A associação considera que há outros lugares para implantação de um hospital desse porte e que o funcionamento da instituição resultará em grande impacto na área de preservação ambiental.
Carla Castro, uma das participantes do grupo organizador do evento, Amigos da Serra do Curral, destaca que o grande objetivo da mobilização é alertar os moradores de BH para a necessidade de preservação do cartão-postal, sob o risco de a degradação comprometer a serra no futuro se nada for feito. “O nosso objetivo é conscientizar a população sobre a situação da Serra do Curral, que tem sido agredida por anos. É um símbolo da cidade e nós não podemos deixar que isso aconteça. Qual exemplo vamos deixar para as futuras gerações?”, questiona Carla.
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