Sargento Glayson está na corporação há 29 anos - ele corrige se nome dele for pronunciado com o som de a, é ê, viu? ou seja, Glêyson-, e conta que sua experiência como parteiro não vem apenas do curso que fez na corporação. "Tenho oito filhos e assisti ao parto de todos eles", atesta.
O bombeiro militar diz que assistir ao nascimento de uma criança é sempre emocionante. E diz preferir esse tipo de ocorrência às demais que envolvem a profissão que exerce há quase 3O anos. "Principalmente quando tem morte, porque isso magoa a gente", justificou.
Apesar da vocação para parteiro, sargento Glayson diz que na lida como Bombeiro fez de seis a oito partos na viatura.
Escadaria
O pai de Yasmin, Luciano Sérgio, 24 anos, foi quem pediu o socorro. De acordo com o sargento Glayson, ele ligou para o Samu. "Como todas as ambulâncias estavam empenhadas e a nossa guarnição, apesar do chamado ser de BH, era a única disponível no momento, fomos atender a ocorrência, feita às 6h40 de hoje", relatou o sargento.
Ele também contou que não foi fácil levar Ariane Souza, 24 anos, até a unidade de resgate. O casal mora em uma casa abaixo do nível da rua. Entre a rua e a moradia, segundo contou o militar, há em torno de 40 degraus.
Sargento Glayson atesta que Yasmin veio ao mundo às 7h20, portanto, exata uma hora depois que o pai chamou o Samu. "Ele (o pai) ficou muito emocionado depois do parto e, após eu cortar o cordão umbilical, dei a menina para ele segurar", recordou o sargento.
Plantão
Glayson conversou com o em.com.br na tarde domingo, por telefone, depois de descansar em casa de um plantão de 25 horas e 30 minutos, que deveriam ser de 24 horas, mas Yasmin resolveu vir ao mundo faltando menos de duas horas para o militar encerrar o expediente.
Ele deveria ter saído do serviço às 8 horas deste domingo. Porém, deixou a sede dos Bombeiros em Sabará às 9h30. Depois do parto na unidade de resgate dos Bombeiros, o sargento Glayson e os colegas, soldado Leon e cabo Souza, deixaram Yasmin e os pais no Hospital Sofia Feldman..