Trilhas por dentro de matas continuam suspensas, até que seja feito todo o diagnóstico necessário para a reabertura, o que inclui reformas em equipamentos de áreas de preservação. Turistas e moradores da capital mineira devem ficar atentos, porque apenas duas das quatro portarias estarão abertas em todo o horário de funcionamento (veja quadro). O acesso será feito pela Portaria Sul (Avenida José do Patrocínio Pontes, atrás da Praça do Papa) e pela Portaria Norte (Rua Trifana, ao lado da 127ª Companhia da Polícia Militar). Ontem também foi reaberto o Mirante das Mangabeiras, que permaneceu pelo mesmo tempo fechado.
O longo período de interdição do Parque das Mangabeiras, que teve início em 23 de fevereiro e foi motivado pelo risco de transmissão da febre amarela durante surto da doença em Minas Gerais, fez com que os animais mudassem seus hábitos e reocupassem áreas verdes, exigindo da prefeitura estudos mais aprofundados antes de liberar as trilhas para a população, segundo o presidente interino da Fundação de Parques Municipais, Sérgio Augusto Domingues.
“Você não vê mais animais comendo lixo, aqui porque não tem. Eles tiveram que voltar para seus ambientes naturais. Então, queremos que essa reaproximação com a fauna silvestre se dê, primeiro, de forma responsável e com muita educação”, afirma Domingues. Ainda segundo ele, as áreas de preservação e outros espaços do parque que permanecem fechados, como banheiros, lagos e pontes, vão passar por reformas.
Outra mudança importante é o acesso do público. A portaria da Rua Caraça, no Bairro Serra, fica fechada à população. Já o Portão da Cidadania, que dá acesso ao parque para moradores do Aglomerado da Serra, deverá ser aberto apenas nos fins de semana. Quem for visitar o parque terá a linha interna de ônibus para o transporte entre as duas portarias que ficarão abertas de terça a domingo entre 8h e 17h. Os espaços liberados são a Praça das Águas, a Praça dos Esportes, a Ciranda dos Brinquedos e as Ilhas do Passa Tempo.
O bancário aposentado Helcio Pedras, de 66 anos, considerou importantíssima a reabertura da unidade. Ele faz caminhada no local quatro vezes por semana e, para manter a atividade, precisou recorrer a pontos na área urbana da cidade durante o fechamento. “Acho que a população precisa ter mais acesso às informações. Hoje mesmo eu encontrei a portaria da Rua Caraça fechada e o vigilante não soube me informar o motivo. Mas a reabertura do parque é a extraordinária, afinal, é um ambiente de ar puro onde podemos fazer exercícios”, afirma.
MIRANTE Outra unidade de lazer e contemplação da cidade que estava fechada devido ao risco de transmissão da febre amarela era o Mirante das Mangabeiras, espaço que oferece uma bela vista da cidade ao lado do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador de Minas Gerais. Antes, o espaço abria das 9h às 22h, mas agora vai fechar às 17h. O motivo, segundo Sérgio Domingues, são os cortes que foram feitos pela prefeitura no quadro de vigias que serviam à FPM. “Toda fundação teve cortes de vigilância. O prefeito deu autorização para recomposição desses funcionários de vigilância e portaria, mas isso demora um pouco para ser readequado”, afirma.
O empresário Marcelo Assis, de 55, esteve ontem no mirante com a mulher, os dois filhos, genro e nora. Nascido em BH, ele mora há 27 anos em São Luiz (MA). O grupo elogiou a vista do local e aproveitou para tirar várias fotos, incluindo muitas selfies. Foi a primeira visita do genro de Marcelo, Luccas Lacerda, de 21, e da nora, Ingrid Brandão, de 23. “Demos sorte de vir aqui justamente no dia em que reabriu”, conta Ingrid que gostou muito da vista, mas também da Arena Independência, entre os locais que visitou na capital.
