Minas Gerais registra queda na criminalidade em 2017. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) mostram redução de 6,1% nos crimes violentos de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2016. A redução é puxada principalmente pelo roubo, o grande desafio nos últimos anos, que apresentou diminuição de 6,1%. Belo Horizonte segue os mesmos parâmetros, com queda de 12,9% nos crimes violentos.
O crime que apresentou a maior redução no período foi extorsão mediante a sequestro. Em 2017, foram 24 ocorrências até maio, contra 42 no ano passado, uma queda de 42,8%. Os homicídios seguem em diminuição. Foram 1.696 registros nos primeiros cinco meses, contra 1.808 em 2016, variação de 6,19%.
Também tiveram queda o homicídio tentado (-15,9%), o sequestro e cárcere privado consumado (-3,0%), estupro consumado (-5,2%), e estupro tentado (-0,6%). Já o furto, lesão corporal, e extorsão, que não entram para os crimes violentos, tiveram queda de 2,1%, 3,0% e 23,1%, respectivamente. A preocupação atual é com o estupro de vulnerável, que teve alta de 13,7%. Neste ano, foram 1.112 ocorrências, contra 978. Já o estupro de vulnerável tentado se manteve estável, com 73 registros.
Belo Horizonte
A capital mineira também se manteve nos mesmos parâmetros. O roubo teve redução de 12,8% nos primeiros cinco meses, em relação ao ano passado. Foram 18.002 registros contra 20.650 do período anterior. Também tiveram redução o homicídio (-21,6%), o homicídio tentado (-23,7%), o sequestro e cárcere privado consumado (-34,3%), estupro consumado (-0,9%), estupro tentado (-19,3%) e extorsão (-28,1%).
Outros crimes apresentaram alta no período. Destaque para a lesão corporal. Foram 2.189 registros neste ano, contra 2.048, variação de 6,8%. O estupro de vulnerável também sobe na capital mineira. O aumento foi de 7,3 % no período. Já o furto aumentou 0,4%.
O secretário de Segurança Pública de Minas Gerais, Sérgio Barboza Menezes, definiu como “fator histórico” a redução da criminalidade, que ocorreu pela primeira vez nos últimos oito anos. “Os créditos todos estão nos investimentos feitos relacionados ao pessoal e logística, o fator integração das forças de segurança, a nova metodologia de atuação da Polícia Militar, com incrementos de bases móveis e policiamento a pé. Isso deu como reflexo e produto a redução da criminalidade”, assinalou.