Moradores da ocupação William Rosa, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vão deixar de forma pacífica o terreno onde vivem, no Bairro Jardim Laguna, próximo a Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas), até 15 de julho próximo. De acordo com Lacerda Santos, um dos líderes das famílias, um acordo foi feito na tarde desta quarta-feira com a prefeitura da cidade e o governo do estado. À noite, a Polícia Militar informou que lideranças da ocupação se comprometeram a deixar a área. O acerto será encaminhado nesta quinta-feira à Justiça.
Um terreno, a princípio no Bairro Tropical, em Contagem, será doado para a realocação dos ocupantes até que imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida fiquem prontas para abrigar as famílias. Os ocupantes já tinham sido notificados de uma possível reintegração de posse que aconteceria na madrugada desta quinta-feira.
O encontro aconteceu por volta das 16h na Cidade Administrativa, onde ficou acertado a doação do terreno por parte da prefeitura de Contagem. “A Prefeitura de Contagem se compromete a garantir terreno para a realocação das 432 famílias de maneira provisória por um prazo de um ano e meio. Além disso, se comprometeu a garantir terreno para a construção de 432 unidades definitivas para os moradores. Os recursos da construção dessas unidades serão custeado pelo Governo do Estado via Cohab (Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais)”, disse Lacerda.
A reunião foi marcada depois que os moradores receberam a notificação sobre a reintegração de posse que aconteceria na madrugada desta quinta-feira. “A Polícia Militar participou da reunião e se comprometeu a não fazer a ação”, comentou o líder da ocupação.
Na tarde desta quinta-feira, será dado início o cadastramento das 432 famílias que moram atualmente no terreno às margens da Avenida Severino Ballesteros. “A prefeitura vai iniciar o cadastramento a partir das 13h e também vai apresentar o terreno para onde as famílias serão levadas. Até 15 de julho, todos serão levados de forma gradual para lá”, afirmou Lacerda. “Isso atende s expectativa das famílias, pois prevê a moradia definitiva. E enquanto isso não acontece, vamos ficar em uma área em condições até melhores do que estamos agora”, completou.
O em.com.br entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo de Minas Gerais para saber os resultados da reunião, mas sem sucesso.