O empresário Luciano Sousa Fonseca, de 41 anos, acusado de agredir ao menos sete ex-namoradas já está atrás das grades. O homem foi preso na noite de quarta-feira em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, horas depois de a Justiça ter autorizado a prisão preventiva dele. Vítimas relataram que chegaram a apanhar com espetos de churrasco e com celulares, além de levar socos e tapas no rosto. Ao ser apresentado na tarde desta quinta-feira ele negou as acusações.
As investigações contra o empresário do ramo de dedetização começaram em 2012, quando foi feita a primeira denúncia de agressão. De lá para cá, ao menos outras seis mulheres foram vítimas do homem. Segundo a Polícia Civil, ele aproveitava de sua boa situação financeira para atrair as mulheres, cativando-as com presentes e jantares em restaurantes caros.
A prisão preventiva dele foi pedida e decretada nessa quarta-feira depois que uma das mulheres, uma secretária de 33 anos, contou que ficou em cárcere privado na casa dela por quase quatro dias, entre 12 e 15, na semana passada, quando foi agredida física e psicologicamente pelo empresário. Relatou, ainda, que foi obrigada a manter relações sexuais com ele. No dia 18, domingo, ainda com marcas das agressões no rosto e braço, ela fez um desabafo nas redes sociais. Em 5 e 6 de maio, ela tinha passado por situação semelhante na casa dele, mas não o denunciou na ocasião.
O empresário foi encontrado por volta das 23h em Sete Lagoas. “A equipe especializada de Atendimento à Mulher recebeu informações ao longo do inquérito e conseguiu localizá-lo. O agressor estava em companhia de outra mulher”, explicou a delegada Ana Paula Lamego Balbino, responsável pelo caso.
Com a apresentação do homem, a polícia acredita que novas vítimas vão surgir. Já são sete inquéritos abertos pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) contra ele. “Depois da divulgação do caso, uma mulher nos procurou ontem (quarta-feira) para denunciar uma nova agressão. Já são sete no total. Acreditamos haja outras vítimas”, afirmou a delegada.
De acordo com a delegada, as vítimas contaram várias formas de agressões cometidas pelo empresário. “Tivemos relatos de agressões com espeto de churrasco, socos, murros, com aparelhos celulares e até com gelo. Geralmente ele começava o relacionamento e nos dois primeiros meses tratava as mulheres gentilmente. Após esse período, vinham as brigas e as discussões por ciúmes. Ele tratava as vítimas de forma cruel e praticava atos de tortura psicológica e moral, além de cárcere privado. Até violência sexual foi cometida, segundos as vítimas”, conta Ana Paula.
RB