Os policiais militares acusados de envolvimento na tentativa de assassinato da investigadora Fabiana Aparecida Sales e na morte do marido dela, o mecânico Filipe Sales, em abril de 2015, no Barreiro, em Belo Horizonte, serão julgados por júri popular. Daniel Fernandes Alves Pinto, André Willian Murray e Hamilton Brunno Penido Brandão foram pronunciados pela juíza Bárbara Heliodora Quaresma Bomfim, em cooperação no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. A data do julgamento ainda não foi marcada.
Perto de um pontilhão na linha férrea que corta a região, os militares viram Filipe e Fabiana andando com armas em punho. Um dos soldados ligou a lanterna do celular para tentar entender o que estava acontecendo, mas não houve tempo porque começou uma intensa troca de tiros. Na época dos fatos, os militares relatam um mal-entendido naquele momento, pois pensaram que seriam alvo de assalto.
Filipe morreu no local dos disparos e Fabiana foi atingida por um tiro no abdômen, que transfixou até a nádega direita. Dois soldados atenderam ao pedido de socorro da investigadora e foram até a Avenida Augusto Góis para pedir ajuda. O terceiro soldado se escondeu na mata, temendo que houvesse mais pessoas com o casal. Por causa dos disparos, a PM já havia recebido chamados pelo 190 e uma viatura se deslocou até o local. Esta mesma viatura encontrou os dois soldados envolvidos no crime e foram com eles até o local dos disparos para socorrer Fabiana.
Segundo a denúncia do MPMG, Daniel e André tiraram as armas da policial civil e do marido dela da cena do crime. Por causa disso, também vão responder por fraude processual.
RB